HDT dedica atendimento humanizado a pacientes portadores do HIV
Uma das principais barreiras enfrentadas por pessoas vivendo com o HIV é a dificuldade em aceitação do diagnóstico
O Hospital de Doenças Tropicais
(HDT) oferece serviço prestado às
pessoas que vivem e convivem com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV).
Para ajudar os pacientes com HIV
positivo e suas famílias a vencerem esses medos, o apoio psicológico é
essencial. O trabalho realizado pelos profissionais da Psicologia dentro do
HDT, referência no tratamento de doenças infectocontagiosas, é indispensável.
“Com o adoecer físico, a internação, o diagnóstico impactante e muitas vezes
também o isolamento, a pessoa soropositiva pode ser afetada emocionalmente
também. O acompanhamento dos pacientes que correspondem ao perfil do HDT é
fundamental e o objetivo é que consigamos reduzir o sofrimento psíquico e que
eles não abandonem o tratamento”, esclarece Luciana Mendonça de Carvalho,
psicóloga que faz parte da equipe multidisciplinar do hospital.
Hoje, em virtude do tratamento
antirretroviral, o paciente praticamente não tem problemas físicos. “É
possível melhorar a qualidade de vida e da saúde de forma geral, além de
diminuir o risco de transmissão do vírus. A maior dificuldade é na parte de
discriminação e aceitação social”, explica a infectologista Christiane Kobal.
Uma das principais barreiras enfrentadas por pessoas vivendo com o HIV é a dificuldade em aceitação do diagnóstico. Isso ocorre porque o desconhecimento, gerador do preconceito, é um dos principais fatores de exclusão social da Pessoa Vivendo com HIV (PVHA).
“Foi com o psicólogo que descobri
que o remédio era para a vida toda, mas que tomando certo eu poderia ter uma
vida normal. Eu pensava que mesmo tomando o medicamento poderia ter recaídas,
mas descobri que vou ser mais forte e poder trabalhar. Mas tem hora que nada
ajuda”, reflete S.A., marceneiro de 43 anos, HIV positivo, internado no
HDT.
Atualmente, o HDT tem 9.287
pacientes PVHA registrados na farmácia ambulatorial. Cerca de 20 novas pessoas
são cadastradas semanalmente para buscar a medicação, considerada fundamental
para que o paciente consiga ter uma vida ativa.
Segundo o Programa Conjunto das
Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids), o Brasil hoje tem uma das maiores
coberturas de tratamento antirretroviral entre os países de baixa e média
renda, com mais da metade (64%) das pessoas vivendo com HIV. Segundo o
Ministério da Saúde, 87% estão diagnosticadas, 55% do total estão em tratamento
e 50% de todas as pessoas estimadas vivendo com HIV estão com carga viral
suprimida.
(Goiás Agora)