O presidente Michel Temer disse em entrevista à CCTV, canal estatal de TV da China, que espera apoio do governo chinês, bem como de empresas, nas licitações a fim de conceder à iniciativa privada 57 projetos. A medida compreende a venda de empresas públicas, concessão de aeroportos e de linhas de transmissão, bem como parcerias público-privada. 

Temer, que reforçou a importância dos Brics, grupo econômico de cooperação formado por 5 países, entre eles Brasil e China, embarca para o país asiático onde deve participar da reunião anual do bloco. Ele disse ainda que os Brics estão cada vez mais fortes e destacou que a China possui muitas semelhanças no quesito “reformistas”:  “Não vejo nenhum gesto de enfraquecimento [do bloco]. Pelo contrário, o que vejo são gestos de fortalecimento. A China e o Brasil são países reformistas que vêm fazendo reformas acentuadas internamente”.

Durante a entrevista, o presidente falou ainda sobre a reforma trabalhista, que passa a valer no mês de novembro. Temer disse que a medida “está fazendo um sucesso extraordinário”. Segundo ele, tal atribuição seria feita pela possibilidade em flexibilizar as relações de trabalho e “combater o desemprego”. “Temos outras reformas pela frente, com a reforma da Previdência Social, importantíssima para o nosso país. Isso significa um governo reformista, como fez a China. China, Brasil África do Sul, Rússia e Índia estão mais ou menos no mesmo caminho”, emendou.

Futebol

O turismo foi outra pauta discutida por Temer. Em visita pelo país, disse estar esperançoso que maiores intercâmbios sejam feitos entre as duas nações. O clima durante a entrevista também foi de descontração. Questionado quanto à popularidade do futebol no país, Temer associou o esporte à cultura do Brasil e contou detalhes de sua infância: “Cheguei a jogar bola quando garoto. Hoje, não mais. Mas se colocarem uma bola na minha frente, eu chuto”, divertiu-se.