Foi enviado nesta sexta-feira (8) pelo ministro do Superior
Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, o recurso no qual a defesa do presidente
Michel Temer solicita a suspeição do procurador geral da República, Rodrigo
Janot, a fim de atuar sobre a investigação do presidente que segue em trâmite
na Corte.

O julgamento do caso, que acontece nesta quarta-feira (13),
atende a uma decisão do ministro frente a um recurso apresentado na semana
passada pelo advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, representante de
Temer. Mariz de Oliveira sustenta que, nos casos envolvendo o presidente, Janot
extrapolaria os “limites constitucionais e legais inerentes ao cargo que
ocupa”.

No último dia 30, após negar o pedido de suspeição de
Janot, o ministro Edson Fachin compreendeu a não existência de indícios de
parcialidade do procurador enquanto responsável pelas investigações.

 “No afã de envolver o
senhor presidente da República em fatos incertos e não determinados, uma série
de ‘certezas’ foram lançadas pelo Chefe do parquet [Ministério Público] que
dificultaram sobremaneira uma análise isenta e desprovida de influências que só
agora têm vindo à tona, sendo certo que toda a contextualização ora
sintetizada, mas amplamente esmiuçada na exordial, evidencia a clara suspeição
do Dr. Rodrigo Janot para a condução, no âmbito do Ministério Público Federal,
de casos envolvendo o ora agravante [Temer]”, argumentou a defesa.