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sexta-feira, 22 de novembro de 2024
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Lava-jato

Defesa de Lula recorre na segunda instância de sentença no caso do triplex

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado, em julho, a nove anos e seis meses de prisão pelo juiz Sérgio Moro

Postado em 12 de setembro de 2017 por Lucas de Godoi
Defesa de Lula recorre na segunda instância de sentença no caso do triplex
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
protocolou, na noite de ontem (11), no Tribunal Regional Federal da 4ª Região
(TRF-4), um pedido de recurso contra a sentença do juiz federal Sérgio Moro no
caso do triplex do Condomínio Solaris, localizado no município de Guarujá (SP).
Lula foi condenado, em julho, a nove anos e seis meses de prisão, por lavagem de
dinheiro e corrupção passiva.

No documento de 490 páginas, os 12 advogados de defesa do
petista argumentam que um conjunto de equívocos justifica a nulidade ou a
reversão da condenação e que Lula deve poder depor novamente.

“O pedido foi baseado na demonstração de que o juiz de
primeiro grau jamais teve interesse em apurar a realidade dos fatos e atuou
como verdadeiro acusador: enquanto o MPF [Ministério Público Federal] fez 138
perguntas a Lula durante o seu interrogatório, o juiz formulou 347 questões ao
ex-presidente, a maior parte delas sem qualquer relação com o processo”,
escreveu a defesa em nota.

A equipe de advogados sustenta que a análise de Moro foi
“parcial e facciosa” e “descoberta de qualquer elemento
probatório idôneo”. O magistrado teria falhado ao estabelecer a pena com
base apenas na “narrativa isolada” do ex-presidente da construtora
OAS José Aldemário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro, sobre “um
fantasioso caixa geral de propinas” e a suposta aquisição e reforma do
imóvel.

Além da condução coercitiva de Lula, que teria sido
caracterizada por violações a requisitos legais, a defesa menciona ainda que
telefones de seu próprio escritório teriam sido grampeados. O ex-presidente
também teria sido impedido de ter acesso à documentação do inquérito. A defesa
alega que não teve um prazo semelhante ao concedido ao MPF para examinar as 16
mil páginas que constituem a denúncia.

Agência Brasil (Foto: Reprodução/ Justiça Federal no Paraná)

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