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quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
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Combate

Ministro da Saúde diz que Brasil vai acelerar produção de vacina contra zika

Vacina foi desenvolvida por meio de cooperação entre o Instituto Evandro Chagas, as universidades do Texas e de Washington e o Instituto Nacional de Saúde

Postado em 26 de setembro de 2017 por Victor Pimenta
Ministro da Saúde diz que Brasil vai acelerar produção de vacina contra zika
Vacina foi desenvolvida por meio de cooperação entre o Instituto Evandro Chagas

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse hoje (26), em
Washington, que o governo brasileiro quer acelerar a Fase 3 da vacina contra o
vírus zika, que é a de produção para testes em humanos.

Barros conversou com o secretário de Saúde dos Estados
Unidos, Tom Price, sobre a agilização no processo de desenvolvimento do banco
de células máster, usado na produção da vacina. Isso deve ocorrer por meio de
contrato entre a empresa GE Healthcare e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz),
que, no futuro, deve ser responsável direta pela produção.

A vacina foi desenvolvida por meio de cooperação entre o
Instituto Evandro Chagas, as universidades do Texas e de Washington e o
Instituto Nacional de Saúde. Testes em macacos e camundongos já foram
finalizados e, segundo o ministro, tiveram resultados “muito positivos”.

“Como a Fiocruz não tem no momento a estrutura necessária
para desenvolver o banco de células máster, ela está contratando essa empresa
para fazer o desenvolvimento aqui para acelerar o processo de produção da
vacina”, explicou Barros. A previsão do ministro é que vacina esteja disponível
para a população em dois anos.

Mais médicos

Ricardo Barros encontrou-se também com os ministros do Haiti,
de Cuba, do Equador e do Canadá. Com o representante cubano, Ricardo Barros
falou sobre o programa Mais Médicos. Segundo o ministro, o governo de Cuba
demonstrou preocupação com o número de médicos que estavam entrando na Justiça
do Brasil para permanecer no país ou para receber o salário diretamente, e não
por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), como é feito atualmente,
mas, segundo ele, o governo tem recorrido das decisões. “O governo brasileiro
tem apoiado esse convênio”, afirmou o ministro.

Segundo ele, foram cerca de 150 ações dos médicos cubanos,
mas “o Brasil tem recorrido e tem tido sucesso em derrubar eventuais liminares
conseguidas por esses profissionais para permanecer no Brasil fora das
condições do acordo desse convênio com a Organização Pan-Americana da Saúde
[OPAS]”. Médicos que atuam no Brasil não podem exercer diretamente a profissão
sem fazer o Revalida, o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos.

O Brasil teve 11.400 médicos cubanos contratados no Programa
Mais Médicos até o fim do ano passado. Em outubro deste ano, depois de uma
reunião entre Opas, Brasil e Cuba, deve ser definido o número que será mantido
no convênio, que, segundo o ministro, deve ficar em torno de oito mil. Até o
final do convênio, em 2019, a meta é que o número chegue a 7.400 O programa tem
um total de 18 mil médicos, contando brasileiros e profissionais de outras
nacionalidades.

A ideia é aumentar o número de médicos brasileiros, tanto
formados no exterior quanto no Brasil. “Isso depende do comparecimento dos
médicos brasileiros nos editais que fazemos e da nossa capacidade de substituir
os cubanos. Se não houver apresentação de profissionais, nós elevaremos o
número previsto, mas, por enquanto, estamos caminhando com determinação para
cumprir o acordado”, afirmou o ministro.

Ricardo Barros informou que hoje, 4.600 dos médicos
selecionados pelo programa são formados no Brasil. 

Fonte: Agência Brasil. (Foto: Reprodução)

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