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sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Aprovação

Sem reforma da Previdência, país terá “incêndio fiscal”, diz Maia

“Vamos ver o que a gente consegue aprovar a partir de final outubro. Não é fácil. Não é simples”, afirmou o presidente da Câmara dos Deputados

Postado em 30 de setembro de 2017 por Márcio Souza
Sem reforma da Previdência
“Vamos ver o que a gente consegue aprovar a partir de final outubro. Não é fácil. Não é simples”

O presidente da Câmara dos
Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quinta-feira (29) que o país pode passar por um
“incêndio fiscal” se não a reforma da Previdência não for feita. Maia
reconheceu que a aprovação é difícil, mas necessária, e que a proposta
eventualmente aprovada será menos completa que a reforma esperada pelo governo.

“Vamos ver o que a gente consegue
aprovar a partir de final outubro. Não é fácil. Não é simples”, afirmou.

Segundo Maia, o Orçamento da
União é pressionado pelos gastos impostos pelo deficit previdenciário e outras
áreas não são contempladas por causa da falta de recursos do governo federal.

“O que eu digo, que vai ter um
incêndio fiscal, é quando a gente vê o aumento dos gastos primários do governo,
os gastos obrigatórios, que não vão parar de crescer. Os gastos com a
Previdência não vão parar de crescer”, afirmou.

Segundo o presidente da Câmara,
de 2017 a 2018, o déficit da Previdência vai aumentar em R$ 50 bilhões, valor
que, segundo ele, falta a muitas instituições e órgãos em crise, como
universidades federais.

“Quando a gente fala que o déficit
da Previdência atrapalha a vida das pessoas é isso. Quando a gente fala disso,
a gente diz o seguinte: cada vez que o deficit da Previdência aumenta R$ 50
bilhões por ano, é menos investimento em ciência e tecnologia, menos
investimento na educação da população brasileira. É isso que eu chamo de
incêndio fiscal”, disse.

Denúncia

Rodrigo Maia disse que a segunda
denúncia contra o presidente Michel Temer só deve chegar ao plenário da Casa no
dia 23 de outubro, após votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

O parlamentar reafirmou que tem
agido com árbitro do processo, com distanciamento. “Meu papel vai ser de
presidente da Câmara, árbitro desse processo, de distância de qualquer posição
contra ou a favor, é o papel que eu cumpri na primeira [denúncia] e vou cumprir
na segunda”. 

Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução

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