Navio Ary Rongel parte rumo à Antártica para apoiar pesquisa brasileira
A previsão é que a embarcação chegue ao continente antártico no dia 26 deste mês. O regresso ao Rio de Janeiro está previsto para abril de 2018
O navio de apoio oceanográfico Ary Rongel partiu hoje (13)
do Rio de Janeiro com 107 tripulantes para apoiar os projetos de pesquisa
científica do Brasil na Antártica. A previsão é que a embarcação chegue ao
continente antártico no dia 26 deste mês.
Segundo a Marinha, a missão terá como objetivo fazer o apoio
logístico aos Módulos Antárticos Emergenciais, atuar na reconstrução da Estação
Antártica Comandante Ferraz, além de servir como plataforma para a realização
de pesquisas, efetuando lançamentos e recolhimentos de pesquisadores. O
regresso ao Rio de Janeiro está previsto para abril de 2018.
O comandante do Ary Rongel, capitão de mar e guerra Antônio
Braz de Souza, disse que a tarefa principal do navio é dar suporte ao Programa
Antártico Brasileiro. Segundo ele, o fim da reconstrução da nova Estação
Antártica Comandante Ferraz está previsto para março de 2018. A estrutura foi
destruída por um incêndio em fevereiro de 2012.
As atividades científicas envolverão estudiosos de diversas
instituições de ensino e pesquisa do país, que desenvolverão seus projetos
utilizando como base, além do próprio navio, os acampamentos estabelecidos na
região antártica.
“A gente realiza algumas pesquisas a bordo nas áreas de
biologia, oceanografia e geologia, enfim todas as ciências relacionadas ao meio
ambiente antártico”, disse o comandante.
Programa Antártico
O Programa Antártico Brasileiro foi criado em 1982 com o
objetivo de desenvolver um programa científico que incluísse o Brasil entre os
países do Tratado da Antártica. A Estação Comandante Ferraz foi instalada dois
anos depois, em fevereiro de 1984, e tornou-se a base para as pesquisas
brasileiras no continente, abrigando militares e cientistas.
A estrutura foi destruída por um incêndio no dia 25 de
fevereiro de 2012. O fogo começou na praça de máquinas, local onde ficavam os
geradores de energia. Dois militares da Marinha morreram tentando apagar o
incêndio, o suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e o sargento Roberto
Lopes dos Santos.
Desde o incêndio, a instalação de módulos emergenciais tem
permitido a permanência brasileira e a continuidade das pesquisas no local.
(Agência Brasil) – Foto:
Tomaz Silva/Agência Brasil