Dilma tenta anular impeachment no STF após depoimento de Funaro
Pedido havia sido feito pela primeira vez em um mandado de segurança aberto em 30 de setembro de 2016
Um ano após ser cassada, a ex-presidente Dilma Rousseff
voltou a pedir ontem (17) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que lhe restitua
com urgência o cargo. O pedido tinha sido feito pela primeira vez em um mandado
de segurança aberto em 30 de setembro de 2016, pouco após o impeachment.
Ela reforçou a nova solicitação após os depoimentos de Lúcio
Bolonha Funaro, operador financeiro que acusou o ex-presidente da Câmara, o
deputado federal cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de comprar votos a favor do
impeachment.
Apesar de serem sigilosos, os vídeos com os depoimentos da
delação premiada de Funaro foram disponibilizados neste mês no site da Câmara,
em meio aos documentos que fundamentam a segunda denúncia contra o presidente
Michel Temer, também delatado pelo operador financeiro.
Nos depoimentos, Funaro afirma ter repassado R$ 1 milhão a
Cunha, então presidente da Câmara, para ele “comprar” votos favoráveis ao
impeachment, de modo a afastar “de qualquer jeito” Dilma Rousseff da
Presidência da República.
“Resta, assim, explicado agora, como o ex-presidente da
Câmara dos Deputados Eduardo Cunha conseguiu ‘convencer’ parlamentares a votar
pela cassação do mandato presidencial de Dilma Rousseff”, escreveram os
advogados da ex-presidente, José Eduardo Cardozo e Renato Ferreira Franco, na
nova petição, protocolada na noite de ontem. Na peça, afirmam ter ficado
“evidente”, a partir da fala de Funaro, a compra de votos contra Dilma.
Fonte: Agência Brasil. (Foto: Reprodução)