A falta de chuvas não tem
contribuído só para o calor incessante, mas também para o plantio da soja no
Estado. De acordo com a Associação de Produtores de Soja e Milho em Goiás
(Aprosoja-GO), apenas 5% dos 3,350 milhões de hectares previstos foram alvo de
plantio. No mesmo período do ano passado, a estimativa era de 15%.

O motivo teriam sido a
ausência das chuvas que geralmente caem no fim de setembro e nas primeiras
semanas de outubro. Com a estiagem, o cenário no entanto é de apreensão.

Em cidades como Rio Verde,
que tem uma estimativa de 215 mil hectares de soja, o clima é de tensão, já que
a expectativa não tem atingido nem 50% do planejado.

Em Mineiros, extremo
sudoeste de Goiás, o plantio sequer começou. Mesmo que os últimos 30 dias tenham
sido responsáveis por acumularam cerca de 60 milímetros de chuva, a estiagem já
passa dos 10 dias. A alta na temperatura é outro ponto preocupante, já que as
primeiras chuvas costumam trazer junto a si granizo e ventos fortes.

Segundo especialistas, o
atraso acaba tirando o potencial produtivo das cultivares, porque alguma
cultivar ainda vai conseguir uma janela boa, mas grande parte já será plantada
fora do período mais adequado. Além disso, produtores que plantaram e que estão
à mercê de danos futuros terão que replantar, segundo o presidente da
Aprosoja-GO, Bartolomeu Braz Pereira.  

Em Goiânia, a estimativa é
de que volte a chover no próximo domingo (22).