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domingo, 24 de novembro de 2024
Fraude em seleção

Autorizado novo concurso para delegado da Polícia Civil em Goiás

A divulgação ocorre um dia após deflagração da 3ª fase da Operação Porta Fechada, que constatou fraudes no processo seletivo anterior para o mesmo cargo, ocorrido em fevereiro deste ano

Postado em 31 de outubro de 2017 por Márcio Souza
Autorizado novo concurso para delegado da Polícia Civil em Goiás
A divulgação ocorre um dia após deflagração da 3ª fase da Operação Porta Fechada

Na manhã desta terça-feira (31),
o Governo de Goiás autorizou um novo concurso para delegado da Polícia Civil, um dia após deflagração da 3ª fase da Operação Porta Fechada,
que constatou fraudes no processo seletivo anterior para o mesmo cargo,
ocorrido em fevereiro deste ano, e que está suspenso pela Justiça.

O vice-governador José Eliton
(PSDB) participou da solenidade representanto o estado. De acordo com a
assessoria do governo, serão 100 vagas para delegado, além de 550 para agentes
e escrivães.

As investigações sobre fraude no
concurso do início do ano começaram em março. O último desdobramento da
operação ocorreu na segunda-feira (30) quando sete pessoas foram presas em
Goiânia, Nova Glória e Brasília. Todas elas são suspeitas atuar na compra e
venda de vagas.

Entre os detidos, está um
ex-servidor do então Centro de Promoção e Seleção de Eventos (Cespe) – atual
Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos
(Cebraspe). Ele aparece em um vídeo manuseando cartões resposta de candidatos
que pagaram pela aprovação.

Enem

O
grupo também fraudou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2016. Ao menos
nove candidatos que cursam medicina em universidades do país foram beneficiados
após comprar a vaga, que geralmente era vendida por R$ 250 mil.

Na manhã desta terça-feira (31), a Polícia Civil publicou nota esclarecendo que não existem indícios de fraudes no Enem 2017.

A Polícia Civil de Goiás informa que, por ocasião dos trabalhos realizados na Operação Porta Fechada, não existem indícios concretos de que a organização criminosa investigada tentaria fraudar o Enem 2017, de forma que não se pode colocar em suspeição a lisura do processo seletivo deste ano. 

Com relação ao ENEM 2016, informamos que as provas e indícios de fraude encontrados fortuitamente serão encaminhados à PF e ao MPF para as providências cabíveis, por se tratar de caso de competência da esfera federal. 

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