Eunício diz que priorizará propostas nas áreas de segurança e economia
Entre as pautas ligadas a economia, o presidente do Senado destacou as medidas provisórias (MPs) que irão alterar pontos da reforma trabalhista, que entrou em vigor no último sábado (11)
Com um Congresso esvaziado esta
semana, por causa do feriado de amanhã (15), e a pouco mais de um mês para o
recesso parlamentar, o presidente Senado, Eunício Oliveira, disse hoje (14) que
a prioridade na pauta da Casa este ano serão os projetos na área de segurança
pública e os que “ajudem a economia do país”.
“Pedi ao secretário-geral da Mesa
[do Senado] que levante todos os projetos na área de segurança pública, não os
projetos corporativistas que tem aqui dentro como aumento de salário, mas os
projetos que beneficiam a população aflita”, ressaltou. O senador acrescentou
que se for preciso fará uma semana de esforço concentrado para pautas de
segurança que possam ter parecer apresentado direito no plenário.
Entre as pautas ligadas a
economia, Eunício destacou as medidas provisórias (MPs) que irão alterar pontos
da reforma trabalhista, que entrou em vigor no último sábado (11). O presidente
do Senado, que tem defendido que o governo envie menos medidas provisórias e
mais projetos de lei ao Congresso para a “melhor consolidação da democracia
brasileira”, explicou que, nesse caso, apoia o envio do MPs para honrar um
acordo feito com parlamentares.
Em julho, para que senadores da
base aliada apoiassem a proposta de reforma como foi aprovada na Câmara, o
líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), prometeu que o Palácio do
Planalto enviaria uma MP para corrigir pontos que não tinham consenso.
Projetos de lei
A expectativa é que as medidas
provisórias sejam enviadas ainda esta semana ao Congresso. No entanto, falta
convencer o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Rodrigo Maia. Ontem
(13) o deputado disse que alterar a reforma trabalhista por meio de medida
provisória é inconstitucional e traz insegurança jurídica aos trabalhadores.
Maia insiste que as mudanças venham por meio de projeto de lei.
Já Eunício avalia que é
necessária agilidade. “As pessoas estão esperando por isso. Não podemos deixar
o Brasil nessa berlinda. Esperamos quase 40 dias para a lei entrar em vigor e
agora entra em vigor sem ninguém saber o que vai ser complementado. Um projeto
de de lei vai demorar 120 dias, pode ser pautado pelo presidente da Câmara,
pode ser pautado pelo presidente do Senado, ou não. A medida provisória entra de
imediato com seu efeito paralelo a lei que está sendo iniciada”, justificou,
lembrando que empregadores estão esperando essas mudanças para fazer novas
contratações.
Com informações da Agência Brasil. Foto: Reprodução