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segunda-feira, 6 de janeiro de 2025
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Câncer de Pele

Comunidade do xeroderma, em Araras (Faina), recebe atendimento gratuito

Médicos de Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais partirão rumo à localidade, neste sábado (18), a fim de realizar detecção do câncer de pele na ‘comunidade do xeroderma’

Postado em 17 de novembro de 2017 por Sheyla Sousa
Comunidade do xeroderma
Médicos de Goiás

Aproximadamente 200 famílias portadoras de xeroderma – um mal raro que aumenta em mais de mil vezes a chance de uma pessoa ter câncer de pele –, residentes em Araras, povoado pertencente a Faina – cidade do noroeste goiano – serão beneficiados com ações da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Goiás (SBD-GO). Médicos de Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais partirão rumo à localidade, neste sábado (18), a fim de realizar detecção do câncer de pele na ‘comunidade do xeroderma’.

De acordo com o presidente da SBD-GO, Adriano Loyola, este é o segundo ano que o mutirão solidário beneficia a comunidade, que sofre com essa doença de pele rara. “Na primeira vez, atendemos quase 800 pessoas – famílias portadoras da doença mais a população ribeirinha e do entorno dessa comunidade”, diz o dermatologista, que avalia como positivo o resultado da ação.  “O atendimento foi muito bom: nós conseguimos detectar grande quantidade de pessoas com câncer; realizamos mais de 100 cirurgias, fizemos campanhas educativas. E o suporte vem sendo dado à população mensalmente: protetores solares, roupas, bonés e assistência médica são alguns dos benefícios”, enfatiza Loyola.

Segundo o dermatologista, outro grande benefício foi a conquista da aposentadoria às pessoas dessa comunidade. “Praticamente todos os portadores de xeroderma da localidade são aposentados. Nós conseguimos que eles obtivessem a aposentadoria com pouca idade; vemos adolescentes, por exemplo, já aposentados”.

Segundo Loyola, é possível ver crianças de 8, 9 anos de idade com câncer de pele. E ele explica por quê: “A doença faz a replicação das células tumorais muito rapidamente. Isso ocorre pela exposição à luz, por esse motivo as famílias praticamente vivem da noite; eles não trabalham durante o dia (apenas bem cedo) por causa do sol. A cidade, durante o dia, é uma cidade ‘fantasma’.  

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