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segunda-feira, 25 de novembro de 2024
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Empresas de alto crescimento elevam em 20% total de empregados

A pesquisa mostra que 12,4% das empresas conseguiram crescer 20% ou mais de 2014 para 2015, gerando emprego em um ano de perda de atividade econômica

Postado em 17 de novembro de 2017 por Márcio Souza
Empresas de alto crescimento elevam em 20% total de empregados
A pesquisa mostra que 12

Observou que esse é o terceiro
ano consecutivo de queda do número de empresas de alto crescimento no Brasil.
“O que chama a atenção em 2015 é a magnitude dessa queda”. Em 2013, o recuo foi
de 5,2% em relação a 2012; em 2014, atingiu -6,4% sobre 2013 chegando a -17,4%
em 2015 em comparação a 2014.

A economista lembrou que a crise
no país influenciou os resultados com inflação em alta, desemprego crescente e
massa salarial caindo.

Salientou que cumprir a condição
de ser uma empresa de alto crescimento não é fácil porque ela tem que crescer,
em média, 20%. Explicou que essas empresas medem o ritmo de contratação e, em
épocas de crise, tendem a diminuir em termos de número.

Postos de trabalho

Segundo o levantamento do IBGE,
enquanto o Brasil mostrou redução de 291,9 mil postos de trabalho assalariado
entre 2012 e 2015, os empregados das empresas de alto crescimento subiram de
1,3 milhão em 2012 para 3,5 milhões em 2015, aumento de 172,1%.

“O que equivale a um aumento de
2,2 milhões de pessoas ocupadas. São empregos que foram gerados por empresas de
alto crescimento entre 2012 e 2015”, afirmou Isabella. “Esse número mostra a
importância de se jogar luz sobre essas empresas. Elas podem ser poucas, mas
são importantes na economia porque geram 67,7% dos empregos”, completou.

As empresas de alto crescimento
pagavam, em 2015, R$ 90,4 bilhões em salários e outras remunerações, com ganho
médio mensal de 2,7 salários mínimos. Elas mostraram receita líquida de R$
718,2 bilhões, enquanto as empresas ativas geraram R$ 6,6 trilhões.

A pesquisa revela, ainda, que as
empresas de alto crescimento têm média de idade de 13,7 anos contra 15,3 anos
das companhias com dez ou mais pessoas ocupadas assalariadas. O maior número de
empresas de alto crescimento está concentrada na faixa de idade entre dez e 20
anos (34,5%). Essa mesma faixa etária concentra o maior número de pessoal
ocupado (33,8%) e de salários (32,8%).

Serviços

A maioria das empresas de alto
crescimento em 2015 era encontrada no setor de serviços (33%). Seguiam-se
comércio (26,5%), indústria (19,9%) e construção (11,2%). Nas empresas de dez
ou mais empregados, a indústria tem maior representatividade em termos de valor
adicionado.

A maioria dos empregados nas
empresas de alto crescimento em 2015 era de homens (61,9%), enquanto as
mulheres representavam 38,1%; os empregados com ensino superior completo
chegavam a 12,6%. A Região Sudeste apresentou em 2015 a maior concentração de
unidades locais de empresas de alto crescimento (47,7%) e de pessoal ocupado
(50,2%).

Resilientes

O levantamento do IBGE destaca as
chamadas empresas resilientes, nome dado às de alto crescimento em 2014 que
continuaram crescendo 20% ou mais no ano seguinte, apesar da crise instalada no
país.

A pesquisa identificou que – do
total de 31.223 empresas de alto crescimento identificadas em 2014 – somente
3.965  eram resilientes, o equivalente a
12,8%. Isso pode ser atribuído ao ambiente econômico desfavorável à expansão das
empresas e, inclusive, à contratação, avaliou Isabella Nunes.

A pesquisa mostra que 12,4% das
empresas conseguiram crescer 20% ou mais de 2014 para 2015, gerando emprego em
um ano de perda de atividade econômica.

As resilientes são mais jovens e,
em 2014, estavam concentradas entre aquelas com 50 a 249 empregados, ou seja,
são de porte médio. Já as demais empresas de alto crescimento se concentravam
na faixa de dez a 49 pessoas ocupadas assalariadas.

O setor de serviços lidera as
atividades das empresas resilientes, com destaque para informação e
comunicação; atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados;
atividades administrativas e serviços complementares; educação; e saúde humana
e serviços sociais. 

Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução

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