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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Cadeia velha

MP pede anulação de sessão que revogou prisão de deputados no Rio

O mandando de segurança foi feito pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro

Sheyla Sousapor Sheyla Sousa em 20 de novembro de 2017
MP pede anulação de sessão que revogou prisão de deputados no Rio
O mandando de segurança foi feito pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro

A votação de sexta-feira, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), que revogou a prisão do presidente da Casa, Jorge Picciani (PMDB), e dos também deputados peemedebistas Paulo Melo e Edson Albertassi, podem revogadas. O mandando de segurança foi feito pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.

Os três deputados se entregaram à Polícia Federal (PF) na quinta-feira da semana passada,  após serem indiciados na Operação Cadeia Velha, que investiga o uso dos cargos públicos para corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, em combinação com as empresas de ônibus.

O MP alega que o presidente em exercício da Alerj, durante a sessão, deputado Wagner Montes (PRB), e a mesa diretora ignoraram a liminar que determinava que a sessão fosse aberta para todos os cidadãos. O requerimento à Justiça pede a realização de uma nova sessão, que repita a votação, permitindo o acesso às galerias.

Ao vedar o acesso dos cidadãos às galerias da Assembleia, o MP entende que os deputados “camuflaram” a sessão pública e, assim, desrespeitaram “os princípios mais basilares do Estado Democrático de Direito”. O MP classificou os atos praticados pelo presidente em exercício da Alerj de arbitrários e ilegais, segundo nota de sua assessoria.

Diante da polemica, Picciani decidiu se licenciar do mandato, a partir de amanhã, para se dedicar à sua defesa e do seu filho, Felipe Picciani, que permanece preso em consequência da Operação Cadeia Velha. A empresa, gerenciada por seu filho e comandada pela família Picciani há 33 anos, teve a conta bloqueada como parte da operação.

O presidente da Alerj também informou que aguarda “com serenidade” movimentos que possam levar a um possível pedido de seu afastamento do mandato, bem como o de Paulo Melo e Edson Albertassi. Caso o pedido se concretize, Picciani afirma que pretende recorrer.

A decisão da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) de mandar soltar os deputados Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, tomada em votação no final da tarde desta sexta-feira (17), foi seguida por outra decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), de determinar o bloqueio de seus bens, no valor total de R$ 270,7 milhões.

Apesar da decisão da Assembleia, os três deputados continuam com dinheiro bloqueado pela Justiça. Piciani com R$ 154.460.000,00; Paulo Melo R$ 108.610.000,00; e Albertassi, R$ 7.680.000,00.

O juiz federal Abel Gomes também determinou o bloqueio cautelar de contas e o sequestro ou arresto de bens de 13 pessoas e 33 empresas investigadas na Operação Cadeia Velha. (Abr) 

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