Marconi articula parceria bilateral com Bangladesh
Bangladesh está interessado, a princípio, na produção de cana-de-açúcar de Goiás, mas há também espaço para o mercado de produção de algodão, uma das principais matérias-primas da indústria do país
Principal parceiro comercial de Bangladesh, país asiático com 158 milhões de consumidores, o Brasil, por meio de uma iniciativa do Estado de Goiás, pretende se tornar um dos principais países a figurar na rota comercial entre ambas as nações. Nesta quarta-feira (22) o governador Marconi Perillo se reuniu com a ministra-conselheira bengali Nahida Rahman Shumona, na Embaixada em Brasília, a fim de discutir e fortalecer laços econômicos.
Bangladesh está interessado, a princípio, na produção de cana-de-açúcar de Goiás, mas há também espaço para o mercado de produção de algodão, uma das principais matérias-primas da indústria do país asiático. O encontro entre Marconi e Nahida, que teve a participação do superintendente-executivo de Comércio Exterior da Secretaria de Desenvolvimento, William O’Dwyer, é a continuação das tratativas para parceria bilateral iniciadas em março deste ano entre os governos de Goiás e de Bangladesh. Na ocasião, Marconi recebeu, no Palácio das Esmeraldas, o então embaixador Mohamed Mijarul Quayes, sucedido por Nahida na função. No dia anterior, o embaixador esteve em Anápolis e na planta da Hering no município.
No encontro com Marconi, a ministra disse que tem o objetivo de fomentar a criação de acordos comerciais entre o Estado de Goiás e a República Popular de Bangladesh e receber empresários goianos e a administração estadual em visita oficial a Bangladesh em março do ano que vem. Em maio de 2016, Mohamed Mijarul Quayes esteve em Goiânia, ocasião em se encontrou com o governador, e ambos participaram do Seminário Internacional de Negócios Brasil–África–Bangladesh.
O país asiático exporta principalmente ternos masculinos (US$ 5,6 bi), camisetas (US$ 5,28 bi), suéteres (US$ 4,12 bi), ternos femininos (U$3,66 bi), camisas masculinas (U$ 2,52 bi) e importa principalmente algodão puro pesado (US$ 1,33 bi), petróleo refinado ($1,25 bi), algodão puro leve ($1,12 bi), algodão cru ($1,01 bi) e trigo ($ 900 mil).
Seus principais destinos são: Estados Unidos (US$ 6,19 bi), Alemanha (US$ 5,17 bi), Reino Unido (US$ 3,53 bi), França (US$ 2,37 bi) e Espanha (US$ 2,29 bi) e importa principalmente da China (US$ 13,9 bi), Índia (US$ 5,51 bi), Cingapura (US$ 2,22 bi), Hong Kong (US$ 1,47 bi) e Japão (US$ 1,36 bi). O Brasil é parceiro comercial de Bangladesh: representa 0,59% (US$ 2,11 mi) de todas as exportações do País e 3% (US$ 1,15 bi) de todas as importações.