Mercado financeiro volta a prever inflação abaixo da meta: 2,88%
Se a estimativa se confirmar, será a primeira vez que a meta será descumprida por ficar abaixo do piso. A meta ficou acima do teto quatro vezes: 2001, 2002, 2003 e 2015
O mercado financeiro voltou a
prever inflação abaixo do piso da meta para este ano. A estimativa para o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 3,03% para 2,88%.
Em setembro, as instituições financeiras também projetaram inflação abaixo da
meta. A estimativa consta do boletim Focus, uma publicação divulgada no site do
Banco Central (BC) todas as semanas com projeções para os principais
indicadores econômicos.
A meta de inflação, que deve ser
perseguida pelo BC, tem como centro 4,5%, limite inferior de 3% e superior de
6%. Quando a inflação fica fora desses patamares, o BC tem que elaborar uma
carta aberta ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, explicando os motivos
do descumprimento da meta.
Se a estimativa se confirmar,
será a primeira vez que a meta será descumprida por ficar abaixo do piso. A
meta ficou acima do teto quatro vezes: 2001, 2002, 2003 e 2015.
Na última sexta-feira (8), o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que, de janeiro
a novembro, o IPCA chegou a 2,5%, o menor resultado acumulado em 11 meses desde
1998 (1,32%).
Para 2018, a projeção do mercado
financeiro para o IPCA – a inflação oficial do país – é mantida de 4,02%, há
duas semanas consecutivas.
O principal instrumento usado
pelo BC para controlar a inflação é a taxa básica de juros, a Selic, atualmente
em 7% ao ano, o menor nível histórico. Na última quarta-feira (6), a Selic foi
reduzida pela décima vez seguida. Por unanimidade, o Comitê de Política
Monetária (Copom) diminuiu a Selic em 0,5 ponto percentual, de 7,5% ao ano para
7% ao ano.
A expectativa do mercado
financeiro para a Selic ao final de 2018 segue em 7%. A estimativa para a
expansão do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços
produzidos no país, subiu de 0,89% para 0,91%, este ano, e de 2,60% para 2,62%,
em 2018.
Com informações da Agência Brasil. Foto: Reprodução