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domingo, 1 de setembro de 2024
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ROUBOS

Suspeito de golpes usava banco de dados do Estado

Para a polícia, o homem confessou o crime e contou que adquiria os dados das vítimas, após ter conseguido a senha de um banco de dados público do Estado de Goiás

Postado em 15 de dezembro de 2017 por Sheyla Sousa
Suspeito de golpes usava banco de dados do Estado
Para a polícia

A Polícia Civil apresentou essa semana o autônomo Rodrigo Batista Guedes, suspeito de extorquir vítimas de furtos e roubos de veículos. De acordo com a polícia, o homem fingia que estava com os automóveis. Ao ameaçar queimar os veículos, caso os verdadeiros proprietários não realizassem um repasse financeiro, ele extorquia as vítimas. 

Para a polícia, o homem confessou o crime e contou que adquiria os dados das vítimas, após ter conseguido a senha de um banco de dados público do Estado de Goiás. Rodrigo alega que comprou a senha do sistema de um hacker, por R$ 1 mil, há seis meses. Em um vídeo, mostrado aos policiais o homem explica como acessava o sistema.

O crime acontecia da seguinte maneira, conforme a delegacia, a vítima era roubada e depois chegava até a delegacia dizendo: ‘olha aqui, o bandido em contato comigo pelo celular’. De forma a passar por relato verossímil, as vítimas acreditavam em Rodrigo. 

Prisão

O suspeito havia sido preso na quarta-feira (13), na residência em que morava com a mulher e a filha, em Minas Gerais. O crime acontecia na cidade de Chapada Gaúcha, por meio do Wi-Fi da vizinha. A policia acredita que os crimes acontecem desde a compra da senha do sistema. 

Ao todo as investigações duraram cerca de quatro meses, e a policia utilizou o monitoramento do banco de dados para encontrar o suspeito. A delegacia estima que centenas de proprietários de veículos de Capital e do interior, tenham sido vítimas. Ao saber de como o roubo ou furto aconteceu, Rodrigo conseguia ameaçar os donos dos veículos, por meio de mensagem de texto no Whatsapp ou ligações.

A média de extorsão variava de cada vítima, a cobrança era de R$ 500 a R$ 1,5 mil. O dinheiro deveria ser depositado em contas laranja, de pessoas que de acordo com a policia não possuíam conhecimento da fraude. Se condenado, o homem deve pegar pena de 4 a 10 anos por cada crime. (Wilton Morais é integrante do programa de estágio do Jornal O Hoje, sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian).