A retração gengival é um problema
bastante comum e diz respeito ao deslocamento da gengiva, que pode levar à exposição
da raiz do dente. Esta condição pode ocorrer em apenas um dente, como também em
vários ao mesmo tempo. Seus principais sinais e sintomas, além da exposição da
raiz, são sensibilidade, desconforto, alteração de cor e sangramento da
gengiva.

A especialista e Mestre em
Periodontia e Doutora em Ciências da Saúde do Crool Centro Odontológico,
Germana Jayme Borges, afirma que alguns fatores contribuem para o surgimento do
problema, como escovação traumática, tipo de gengiva do paciente e posição dental.
O paciente deve estar atento à força que utiliza no momento da escovação e ao
tipo de escova dental. Uma escova com cerdas muito duras pode causar um dano
devido ao impacto provocado pela fricção, por exemplo, o que pode favorecer o
afastamento da margem do tecido gengival da coroa do dente.

De acordo com a especialista do
Crool, pacientes com gengiva fina e 
dentes mal posicionados  estão
mais propensos a retração, e por isso o cuidado com a escovação deve ser redobrado.
“O problema pode ocorrer também em razão de doença periodontal – um conjunto de
condições inflamatórias, de caráter crônico e origem bacteriana, que afeta a
gengiva e pode levar à perda dental –, que geralmente ocorre pela presença do
tártaro ou placa bacteriana. Se não tratada, pode evoluir para a periodontite,
um quadro de inflamação gengival mais grave”, explica.

Germana diz ainda que, ao
perceber qualquer exposição da raiz do dente ou sensibilidade, o paciente deve
procurar um profissional, uma vez que o descuido ou a demora em procurar
auxílio pode comprometer de maneira definitiva o dente. Segundo Germana, o
primeiro passo na busca do tratamento é o diagnóstico correto sobre o que está
causando a recessão. Na maioria dos casos, o tratamento diz respeito ao
trabalho de evitar que o processo de retração evolua. Em outros, será
necessária a realização de uma cirurgia para reposicionar a gengiva e melhorar
sua qualidade. “O primeiro passo é procurar ajuda profissional para receber as
orientações corretas. Cada caso deve ser avaliado individualmente”, afirma Dra.
Germana. 

Foto: Reprodução