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terça-feira, 26 de novembro de 2024
Saldo

Mais de 1,2 mil pessoas perdem emprego na segurança privada em Goiás

Só em Goiás foram 1.242 pessoas que perderam seus empregos em 2016 e quase metade desses desligamentos ocorreu em 2017

Postado em 18 de dezembro de 2017 por Victor Pimenta
Mais de 1
Só em Goiás foram 1.242 pessoas que perderam seus empregos em 2016 e quase metade desses desligamentos ocorreu em 2017

Entre janeiro de 2015 e setembro de 2017, aproximadamente 73
mil vagas foram fechadas na segurança privada em todo o Brasil, segundo
informações do Ministério do Trabalho. Em 2016, a atividade apresentou
saldo negativo entre o fluxo de admissões e demissões, tendo sido encerrados em
torno de 31,3 mil postos de trabalho em todo o País. 
Só em Goiás foram 1.242 pessoas
que perderam seus empregos no período e quase metade desses desligamentos
ocorreu somente em 2017, quando o saldo entre admissões e demissões ficou
negativo em 522 vagas.

Para analisar o setor de segurança privada é necessário levar
em consideração dois fatores essenciais para sua evolução: o crescimento físico
do número de trabalhadores e o processo pelo qual se dão os reajustes
salariais, os quais são imediatamente absorvidos pelos contratos. Com a crise
vivenciada pelo País a partir de 2015, as reduções ocuparam o lugar dos
aumentos físicos e quantitativos, uma vez que o setor foi diretamente atingido
pelo impacto negativo na economia.

Para piorar o quadro, existe a sensação de insegurança da
população. Dados divulgados recentemente pelo 11º Anuário Brasileiro de
Segurança Pública mostram que 61,5 mil cidadãos perderam a vida de forma
violenta em 2016 no Brasil, por homicídio doloso, um aumento de 3,8% em relação
a 2015. Quase 3 mil pessoas foram vítimas de latrocínio, que é o roubo seguido
de morte; e mais de 1 milhão de veículos foram furtados entre 2015 e 2016.
Também causa preocupação a informação sobre os investimentos de municípios,
Estados e União em políticas públicas de segurança, que caíram 2,6% nesse
período.

Esses dados mostram, segundo o presidente do Sindicato das
Empresas de Segurança Privada, de Transporte de Valores e de Cursos de Formação
do Estado de Goiás (Sindesp-Goiás), Leonardo Otoni, que o setor se beneficia de
uma economia forte, não de criminalidade alta, já que o Brasil vive uma onda de
violência sem precedentes e o setor também amarga uma depressão. 

“Estamos
percebendo desde 2015 uma queda significativa na geração de emprego no
segmento. O setor está em crise, o que pode afetar a segurança das pessoas, já
que a vigilância e segurança privada geram um sentimento de confiança no
cidadão”, afirma.

O presidente da Federação Nacional das Empresas de Segurança
e Transporte de Valores (Fenavist), Jeferson Furlan Nazário, explica que uma
das funções da segurança privada é atuar de forma complementar à segurança
pública no combate à criminalidade. Os vigilantes fazem a segurança preventiva
de empresas, indústria, comércios, bancos e condomínios, órgãos públicos,
escolas e hospitais, o que libera o efetivo policial para atuar nas ruas. 

“É
uma parceria que aumenta substancialmente a segurança e a sensação de proteção
da população. O cidadão se sente muito mais tranquilo. O bandido tem um
estímulo extra para agir quando chega a um local e não encontra nem vigilantes,
nem policiais”, argumenta. 

Foto: Reprodução/Jornal Midiamax

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