PIB de Goiás cresce três vezes mais que o do Brasil
O estudo também demonstra que o PIB goiano cresceu bem acima do restante do País nos três primeiros trimestres do ano
Impulsionada pela agropecuária, a
economia de Goiás segue demonstrando força. De janeiro a setembro deste ano, o
Produto Interno Bruto (PIB), soma de todas as riquezas geradas no Estado, subiu
três vezes mais que a média brasileira, no comparativo com o mesmo período de
2016: 1,9%, diante de 0,6%, respectivamente. As estimativas do PIB trimestral
goiano são calculadas pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos
Socioeconômicos (IMB), da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan).
Em valores correntes, para o
acumulado dos três primeiros trimestres deste ano, o IMB/Segplan estima que em
Goiás as riquezas produzidas atingiram R$ 139,53 bilhões e mostra que está
ocorrendo um aumento gradativo desses valores a cada três meses. “Isso
demonstra, mais uma vez, que a economia goiana realmente está superando a crise
econômico-financeira que abalou todo o País nos últimos anos, e que vamos
fechar 2017 com dados estatísticos muito positivos”, avalia a superintendente
do IMB, Lillian Maria Silva Prado.
O estudo também demonstra que o
PIB goiano cresceu bem acima do restante do País nos três primeiros trimestres
do ano. De janeiro a março, a alta foi de 0,3%, enquanto no Brasil houve
estabilidade. De abril a junho, Goiás cresceu 1,2% e, o Brasil, 0,4%. Já de
julho a setembro, último período consolidado, o PIB goiano saltou 3,3%, contra
1,4% da média nacional.
Entre os oito Estados que
realizam o cálculo do PIB trimestral, e que até hoje (18/12) haviam divulgado o
resultado, Goiás é o que apresentou a maior taxa de crescimento em riquezas
geradas no 3º trimestre do ano (3,3%).
O PIB de São Paulo aumentou 2,3% no 3º trimestre deste ano, na
comparação com igual período de 2016, o de Minas Gerais subiu 0,1%, bem como o
da Bahia, 01%, enquanto o do Rio Grande do Sul ficou estável (0,0%). Ainda
faltam divulgar os dados os Estados de Pernambuco, Espírito Santo e Ceará.
Carro chefe
O estudo do IMB/Segplan demonstra
que o crescimento da agropecuária goiana tem sido constante desde o início de
2017. O setor avançou 6,6% no primeiro trimestre, 21,3% no segundo e 26,1% no
terceiro. No acumulado do ano, a alta do setor é de 20,6% – enquanto a média
brasileira ficou em 14,5%.
Embora não tenha ocorrido aumento
na área plantada nas principais culturas do Estado, a produtividade do setor
puxou o valor adicionado da agropecuária goiana, de janeiro a setembro. O sorgo
foi a cultura que mais aumentou a produção, com 124,3%, seguido do milho com
70,7%; dos cereais, leguminosas e oleaginosas com alta de 34% e do tomate, 33%.
Com uma participação de 65,1% na
economia goiana, o setor de serviços ficou praticamente estável no 3º trimestre
deste ano, com uma ligeira queda de 0,1%, na comparação ao mesmo período do ano
passado. A maior queda nas vendas do varejo foi registrada no segmento de
combustíveis e lubrificantes (-25,6%), seguido de hipermercados e supermercados
(-17,9%). Houve crescimento nas vendas de móveis e eletrodomésticos (10%) e
artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos
(10,5%).
Na indústria, o resultado do 3º
trimestre de 2017, na comparação com o mesmo período do ano passado, houve um
recuo de 1,9% em Goiás. O dado negativo está vinculado à queda de serviços
industriais de utilidade pública – geração e distribuição de eletricidade e
água e limpeza urbana (-11,9%) e da construção civil (-6,24%). Mas a indústria de transformação, segundo a
Pesquisa Mensal da Indústria PIM/IBGE, cresceu 3,8%, no 3º trimestre puxada
pelo aumento de 31,7% na fabricação de veículos automotores e de 28,4% na de
produtos farmacoquímicos e farmacêuticos. No acumulado de janeiro a setembro, a
indústria goiana cresceu 2,4%, influenciada pelo desempenho positivo do setor
de fabricação de produtos alimentícios, que representa quase a metade da
indústria de transformação no Estado.
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