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domingo, 1 de setembro de 2024
Alta

PIB de Goiás cresce três vezes mais que o do Brasil

O estudo também demonstra que o PIB goiano cresceu bem acima do restante do País nos três primeiros trimestres do ano

Postado em 18 de dezembro de 2017 por Márcio Souza
PIB de Goiás cresce três vezes mais que o do Brasil
O estudo também demonstra que o PIB goiano cresceu bem acima do restante do País nos três primeiros trimestres do ano

Impulsionada pela agropecuária, a
economia de Goiás segue demonstrando força. De janeiro a setembro deste ano, o
Produto Interno Bruto (PIB), soma de todas as riquezas geradas no Estado, subiu
três vezes mais que a média brasileira, no comparativo com o mesmo período de
2016: 1,9%, diante de 0,6%, respectivamente. As estimativas do PIB trimestral
goiano são calculadas pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos
Socioeconômicos (IMB), da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan).

Em valores correntes, para o
acumulado dos três primeiros trimestres deste ano, o IMB/Segplan estima que em
Goiás as riquezas produzidas atingiram R$ 139,53 bilhões e mostra que está
ocorrendo um aumento gradativo desses valores a cada três meses. “Isso
demonstra, mais uma vez, que a economia goiana realmente está superando a crise
econômico-financeira que abalou todo o País nos últimos anos, e que vamos
fechar 2017 com dados estatísticos muito positivos”, avalia a superintendente
do IMB, Lillian Maria Silva Prado.

O estudo também demonstra que o
PIB goiano cresceu bem acima do restante do País nos três primeiros trimestres
do ano. De janeiro a março, a alta foi de 0,3%, enquanto no Brasil houve
estabilidade. De abril a junho, Goiás cresceu 1,2% e, o Brasil, 0,4%. Já de
julho a setembro, último período consolidado, o PIB goiano saltou 3,3%, contra
1,4% da média nacional.

Entre os oito Estados que
realizam o cálculo do PIB trimestral, e que até hoje (18/12) haviam divulgado o
resultado, Goiás é o que apresentou a maior taxa de crescimento em riquezas
geradas no 3º trimestre do ano (3,3%).
O PIB de São Paulo aumentou 2,3% no 3º trimestre deste ano, na
comparação com igual período de 2016, o de Minas Gerais subiu 0,1%, bem como o
da Bahia, 01%, enquanto o do Rio Grande do Sul ficou estável (0,0%). Ainda
faltam divulgar os dados os Estados de Pernambuco, Espírito Santo e Ceará.

Carro chefe

O estudo do IMB/Segplan demonstra
que o crescimento da agropecuária goiana tem sido constante desde o início de
2017. O setor avançou 6,6% no primeiro trimestre, 21,3% no segundo e 26,1% no
terceiro. No acumulado do ano, a alta do setor é de 20,6% – enquanto a média
brasileira ficou em 14,5%.

Embora não tenha ocorrido aumento
na área plantada nas principais culturas do Estado, a produtividade do setor
puxou o valor adicionado da agropecuária goiana, de janeiro a setembro. O sorgo
foi a cultura que mais aumentou a produção, com 124,3%, seguido do milho com
70,7%; dos cereais, leguminosas e oleaginosas com alta de 34% e do tomate, 33%.

Com uma participação de 65,1% na
economia goiana, o setor de serviços ficou praticamente estável no 3º trimestre
deste ano, com uma ligeira queda de 0,1%, na comparação ao mesmo período do ano
passado. A maior queda nas vendas do varejo foi registrada no segmento de
combustíveis e lubrificantes (-25,6%), seguido de hipermercados e supermercados
(-17,9%). Houve crescimento nas vendas de móveis e eletrodomésticos (10%) e
artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos
(10,5%).

Na indústria, o resultado do 3º
trimestre de 2017, na comparação com o mesmo período do ano passado, houve um
recuo de 1,9% em Goiás. O dado negativo está vinculado à queda de serviços
industriais de utilidade pública – geração e distribuição de eletricidade e
água e limpeza urbana (-11,9%) e da construção civil (-6,24%).  Mas a indústria de transformação, segundo a
Pesquisa Mensal da Indústria PIM/IBGE, cresceu 3,8%, no 3º trimestre puxada
pelo aumento de 31,7% na fabricação de veículos automotores e de 28,4% na de
produtos farmacoquímicos e farmacêuticos. No acumulado de janeiro a setembro, a
indústria goiana cresceu 2,4%, influenciada pelo desempenho positivo do setor
de fabricação de produtos alimentícios, que representa quase a metade da
indústria de transformação no Estado. 

Foto: Reprodução

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