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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Água empoçada

Cuidado: mosquito e chuvas não combinam

Antes do período chuvoso, foram 116 casos por 100 mil habitantes, população deve tomar cuidado com poças e ficar atenta para sintomas
da doença

Sheyla Sousapor Sheyla Sousa em 26 de dezembro de 2017
Cuidado: mosquito e chuvas não combinam
Antes do período chuvoso

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Com água empoçada devido a chuvas constantes da estação, é indispensável que as famílias redobrem a atenção aos cuidados necessários para evitar a formação de locais próprios à proliferação do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. Dados do Ministério da Saúde divulgados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostram que, até novembro deste ano, foram registrados 239.076 casos prováveis de dengue no país, o que representa uma incidência de 116 casos por 100 mil habitantes. 

Segundo o infectologista Jessé Alves, a dengue se caracteriza como uma doença febril em que, na maioria dos casos, os sintomas são leves e não específicos. “Os indícios mais comuns são queixas de dores de cabeça, especialmente ao redor dos olhos; dores musculares intensas; fadiga e vermelhidão na pele que podem durar até uma semana”, explica. Mas existem sinais de alerta que devem ser conhecidos por todos, pois podem indicar uma progressão para formas mais graves da doença e se manifestam como dores abdominais intensas, vômitos, sonolências, sinais de sangramento de mucosas e diminuição do volume de urina.

“Quando a pessoa apresenta esses sintomas mais severos, ela deve buscar o serviço de saúde para que sejam feitos exames laboratoriais e medidas de suporte imediato para garantir o diagnóstico precoce. Com isso, conseguimos indicar o tratamento mais adequado para cada caso e afastar a possibilidade de outras doenças, cujos sintomas podem ser confundidos”, acrescenta.

Como detectar precocemente

Após passar por uma consulta médica, a pessoa com suspeita de dengue recebe um pedido de exame para a obtenção do diagnóstico da doença. De acordo com Alves, existem diferentes tipos de procedimentos, sendo que os mais conhecidos são os testes sorológicos e o PCR. “No primeiro método, identificamos se há presença de anticorpos ou de antígeno [proteína NS1] liberado na circulação sanguínea durante a infecção pelo vírus e, no segundo tipo, é feita uma pesquisa que verifica a existência de material genético do vírus em circulação”, esclarece.

O biólogo molecular que compõe o corpo clínico do Laboratório Atalaia, Dr. José Eduardo Levi, conta que cada um desses exames é indicado para um período específico do início dos sintomas. De dois a 10 dias do começo do quadro sintomático, é recomendado o NS1 e, de um a cinco dias, o PCR.

O NS1 é uma proteína encontrada em todos os Flavivírus, família a qual pertence o vírus da dengue. Neste caso, trata-se de um teste sorológico que indica se existe infecção atual, pois esta proteína permanece apenas durante a fase mais aguda da doença. Já o PCR, consiste na amplificação de pequenas partículas de material genético do agente causador da infecção, a fim de que a partir do conhecimento da sequência genética do vírus da dengue, seja feito o diagnóstico. 

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