Governo de Goiás tem urgência em reunião com STF
Marconi solicita a Cármen Lúcia reunião de emergência com governadores e ministro da Justiça sobre crise do sistema prisional brasileiro
O governador Marconi Perillo solicitou à presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, o agendamento, em caráter de emergência, de reunião com os governadores e o ministro da Justiça, Torquato Jardim, para a discussão de medidas para a crise do sistema prisional brasileiro. Marconi telefonou para Cármen Lúcia para discutir e avaliar a crise nas unidades de detenção do País. A presidente do STF afirmou que marcará rapidamente o encontro.
Marconi também solicitou reunião da presidente com os chefes dos três poderes em Goiás — Executivo, Legislativo e Judiciário, o procurador-geral de Justiça, Benedito Torres, e da defensora pública-geral, Lúcia Silva Gomes. “Conversei com a Ministra Carmen Lúcia no início da noite sobre a crise no sistema prisional brasileiro. Tivemos diálogo respeitoso e colaborativo, por telefone, e a ministra Carmen Lúcia me disse que agendará rapidamente as duas reuniões”, relatou o governador, após a conversa.
O governador Marconi Perillo disse que está propondo um debate um nacional com o Ministro da Justiça, Torquato Jardim, sobre Segurança e o sistema de execução penal. “No dia e hora que ele desejar. Vou provar de onde parte o desleixo”, afirmou, acrescentando que o governo do Estado investiu R$ 3 bilhões na área em 2017, enquanto a União repassou a Goiás apenas R$ 30 milhões. “É muito pouco, representa apenas 1% de todo o nosso investimento”, observou.
Para ele, o maior problema no sistema prisional, disparado, são os crimes resultantes do tráfico e contrabando de armas. “E estes são de responsabilidade Federal, mas quem arca com o ônus são os governos estaduais”, afirmou, acrescentando que Goiás fez um grande trabalho com a criação dos Comandos Operacionais de Divisa, que estão espalhados por todas as divisas goianas e nos últimos três anos apreendeu mais de 60 toneladas em drogas.
Essa argumentação do governador se sustenta nas estatísticas nacionalmente divulgadas e conhecidas de que 80% dos crimes cometidos hoje em todo o Brasil têm origem no tráfico de drogas e que é ele também o responsável pela formação dos grupos organizados de bandidos, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho.