Dicas ajudam a distrair as crianças; confira cinco brincadeiras tradicionais
Brincadeiras estimulam o desenvolvimento das crianças em diversos sentidos. Confira as orientações do Sistema de Ensino Poliedro para os pequenos aproveitarem esse período aprendendo
Atualmente, os jogos eletrônicos e o desenvolvimento urbano fizeram com que muitas das tradicionais brincadeiras brasileiras fossem esquecidas ou deixadas de lado. O resgate delas, no entanto, é fundamental, pois possuem um enorme valor à sociedade. Através do jogo a criança aprende a compreender como funciona o mundo no qual ela está inserida. Todas as crianças do planeta tem a capacidade de brincar.
Não basta apenas incentivar a criança a brincar. É preciso ensiná-la a compreender a importância de tudo que um dia foi criado, uma vez que as manifestações culturais revelam a identidade de um povo. “É muito importante que as brincadeiras permaneçam vivas no universo infantil, pois estimulam a integração social, o senso de pertencer, a cooperação entre os grupos e o desenvolvimento da fantasia , da coordenação motora, da inteligência e da afetividade”, afirmou Altamar Roberto de Carvalho, gerente pedagógico do Sistema Poliedro.
Em algumas das tradicionais brincadeiras, as regras foram modificadas e sofreram variações de acordo com os costumes dos habitantes dos diferentes cantos do nosso País, porém a essência de cada uma foi mantida. Em exemplo é a canção “Atirei o pau no gato”, tornando-se “Não atire o pau no gato”, devido à conscientização quanto à defesa dos animais e do meio ambiente. Eu retiraria este trecho porque não concordo com o ataque politicamente correto em cima das brincadeiras e canções populares
Confira as cinco brincadeiras tradicionais selecionadas pelo Sistema Poliedro e suas origens para ensinar e usufruir do período de férias com as crianças:
Amarelinha: brincadeira de origem francesa, mas chegou ao Brasil pelos portugueses. O nome “amarelinha” veio da palavra marelle, que por sua pronúncia tão parecida com a palavra “amarelo”, foi adaptada pelos próprios colonizadores e utilizada para compor esse nome.
As crianças podem brincar em qualquer espaço plano. Basta desenhar quadrados numerados de 1 a 10 e, ao topo, um espaço oval com a palavra “céu”. Elas tiram a sorte para saber quem inicia a brincadeira. Posteriormente, jogam a pedra no número 1, dentro do limite do desenho. Os participantes precisam pular de uma perna só nas casas únicas e usar as duas pernas para as casas duplas. Vão pulando até o “céu”. Ao retornarem, precisam parar nos números 2 ou 3 para pegar a pedra de volta sem perder o equilíbrio e assim, sucessivamente.
Aquele que cair, pisar fora do limite ou colocar as mãos no chão, perde a vez. Outro participante inicia a brincadeira; ganha a criança que passar por todos os números e alcançar primeiro o céu.
Cirandas: brincadeira de origem portuguesa e seu nome tem origem da palavra “zaranda”, definida como instrumento de peneirar farinha. Elas são muito conhecidas pelas crianças brasileiras, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. As músicas são adaptadas de acordo com os costumes de cada uma. A melodia e as rimas as tornam fáceis de decorar. Geralmente, é feita uma roda para que as crianças possam brincar; elas vão girando, cantando e fazendo gestos conforme a letra da música.
Jogo das Cinco Marias: originou-se na Grécia antiga e era conhecido como o “jogo dos ossos”, pois os romanos jogavam ossos de carneiro no chão para consultar os deuses, e a interpretação era feita de acordo com a soma dos pontos de cada um. Eles tinham formatos e valores diferentes. Posteriormente, tornou-se uma brincadeira.
Para brincar, bastam cinco pequenos saquinhos de pano com areia ou arroz, ou até mesmo pedrinhas. As crianças lançam um dos saquinhos para cima e, ao mesmo tempo, têm que apanhar outro que está no chão até não sobrar nenhum. Nas próximas rodadas, o número de saquinhos a serem pegos aumenta, até o momento em que todos são apanhados de uma vez só.
Bolinhas de gude: também chegaram ao Brasil pelos portugueses. Há várias formas de brincar. Uma delas consiste em desenhar um círculo no chão de terra, selecionar um número de bolinhas e espalhá-las dentro do círculo. As crianças devem usar o dedo polegar para tentar eliminar o máximo de bolinhas de dentro do círculo usando outra bolinha de gude. Ganha aquela que conseguir retirar o maior número.
Peteca: nome de origem tupi peteca, que significa bater com as mãos. A peteca tradicional é feita artesanalmente. É constituída de penas de galinha, palha de milho, barbante e areia. Para brincar são necessários grupos ou duplas. A peteca é arremessada pelos participantes e não pode cair no chão.
(Assessoria)
Foto: divulgação