Programa contra a violência doméstica será lançado em Anápolis nesta sexta-feira
O evento ocorre no Fórum da cidade, as 9h30. O trabalho é realizado há pouco mais de dois anos e já tem resultados altamente positivos: de 350 homens atendidos, houve reincidência de apenas três.
Para interromper o ciclo de violência contra a mulher, o Governo de Goiás, via Secretaria Cidadã, lança nesta sexta-feira (16), o Grupo Reflexivo para Autores de Violência Doméstica, em Anápolis. O evento, com participação da secretária Onaide Santillo, será às 9h30, no Fórum da cidade.
O trabalho é realizado há pouco mais de dois anos e já tem resultados altamente positivos: de 350 homens atendidos, houve reincidência de apenas três. O programa é gestado na Superintendência Executiva da Mulher e da Igualdade Racial da Secretaria Cidadã e, em Anápolis, contará com o apoio da Unievangélica, Faculdade Raízes e Tribunal de Justiça.
Equipes de multiprofissionais que atuam no Centro de Referência da Igualdade (Crei) organizam agenda para promover atendimento psicológico aos homens autores de violência doméstica, por meio de reuniões terapêuticas semanais, visando reduzir os índices de reincidência do crime e garantir a paz intrafamiliar.
“O que se busca é auxiliar o autor do crime a resgatar as competências do diálogo, o qual, em algum momento, foi substituído pela violência”, explica a secretária Cidadã, Onaide Santillo. O programa, explica a superintendente executiva da Mulher e Igualdade Racial, Gláucia Teodoro, atende às determinações da Lei Maria da Penha. “Cada grupo participa de 15 encontros semanais com duas horas de duração cada”, pontua.
O advogado José Geraldo Medeiros Magalhães, coordenador estadual dos Grupos Reflexivos em Goiás, conta que o sucesso do programa, com a redução da reincidência da violência, fez com que outros atores sociais quisessem implantar o programa em seus municípios. “Em março, vamos ter grupos formados em Alexânia, Mineiros, Ipameri e Campo Alegre de Goiás”, adianta José Geraldo.
Saiba mais:
Os Grupos Reflexivos inserem-se nos programas de intervenção focados em produzir um efeito ressocializador ao autor da violência, utilizando técnicas de psicoterapia. O grande desafio desses grupos é quebrar e interromper o ciclo vicioso da violência. É sabido que muitos agressores também foram vítimas quando crianças e tendem a reproduzir essa cultura da violência.
(Foto Reprodução)