Escolas municipais têm segurança reforçada
De acordo com dados da Guarda Civil Metropolitana, em dezembro do ano passado e janeiro de 2018 dez escolas foram arrombadas por assaltantes
Gabriel Araújo*
A Guarda Civil Metropolitana deve ampliar as ações de segurança no entorno de escolas municipais em Goiânia. Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, o projeto é a primeira forma de prevenção contra ações criminosas e tem o objetivo de evitar os recorrentes furtos e roubos às escolas, além do comércio de entorpecentes aos alunos.
A segurança no entorno das escolas municipais será realizada durante toda a semana, 24 horas por dia. Para o inspetor Jucelino Fernandes, responsável pela segurança na região da Vila Redenção, a segurança da população estudantil é o principal objetivo da guarda civil. “Nossa missão é dar segurança aos alunos e aos funcionários das instituições, nos três turnos e, por isso, procuramos sempre estar em contato para que não haja nenhum ato de vandalismo, furto, ou mesmo tráfico dentro e fora dos prédios”, completou.
De acordo com a diretora da Escola Municipal Jalles Machado de Siqueira, na Vila Redenção, o apoio dos agentes de segurança é fundamental para o clima em que os alunos chegam para estudar. “A Guarda sempre se mostrou prestativa e a presença dela é muito importante para todos nós, alunos, técnicos e professores”, afirmou.
Segundo Joaquim Antônio, aluno do oitavo ano da Educação de Adolescentes, Jovens e Adultos (EAJA), a segurança é fundamental para que os alunos se concentrem nos estudos. “Antes saíamos meio receosos, pois normalmente as aulas acabam depois das 22h; agora sempre vemos uma viatura estacionada próxima do portão e isso é muito bom”, disse.
Casos
No primeiro domingo deste mês, a Escola Municipal Frei Nazareno Confaloni, na Vila União, Região Metropolitana da Capital, foi furtada. Segundo uma servidora que preferiu não se identificar, o prédio teve as portas arrombadas e ficou revirado após as ações dos criminosos. “Pegaram todas as chaves dos professores, abriram os armários e tiraram tudo de dentro. Comeram comida que estava guardada e escreveram nas paredes. Deixaram tudo uma bagunça”, completou a funcionária.
Em dezembro de 2017, outra escola, desta vez o Centro de Educação Infantil Querubins, no Setor Oeste, foi arrombada e furtada. Profissionais da unidade afirmaram que foi a terceira vez no ano que o local foi alvo de criminosos. O prédio fica em frente ao 20º Distrito Policial.
De acordo com a direção da unidade, foram levados livros, impressoras, brinquedos, eletrodomésticos e materiais pedagógicos. Os criminosos picharam as paredes da escola, com a sigla que representam uma torcida organizada e uma organização criminosa.
Balanço
A Guarda Civil Metropolitana, em estudo realizado nos dois últimos meses, afirmou que dez escolas foram arrombadas entre dezembro de 2018 e janeiro deste ano. No mesmo período, três suspeitos foram presos em flagrante. A guarda ainda informou que a falta de segurança dentro das escolas é o principal fator que levam criminosos a agirem. (Gabriel Araújo é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian).