Professora denuncia diretor de escola por agressão
Segundo a ex funcionária da escola, as agressões só pararam porque a porta da sala foi arrombada. O diretor do colégio negou as agressões.
A professora Samantha Ferreira Reis fez uma denuncia contra o diretor do colégio onde ela trabalhava em Goiânia. Wanildo Soares Leite que além de diretor é dono da unidade nega agressão.
A mulher conta que a confusão começou após ela ser demitida sem precisar cumprir aviso prévio, e sem receber nenhum documento que comprovasse essa decisão. Ela tinha que trabalhar 30 dias antes do contrato de trabalho ser rescindido. Porém, o dono da escola a dispensou do cumprimento do aviso, sem explicações e sem o documento.
“Já começou a me empurrar para a sala dos professores. Me trancou na sala, fechou as janelas, me empurrou conta a parede, me deu um murro na face direita. Estava totalmente descontrolado”, disse.
Segundo a professora as agressões duraram menos de 10 minutos e só pararam porque a porta da sala foi arrombada. Samanta registrou o boletim de ocorrência na Polícia Civil e divulgou a foto da agressão nas redes sociais. Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) comprovou a agressão. “Desde esse dia eu estou com dores de cabeça. Não consigo dormir, eu tenho pesadelos, não saio de casa com medo das agressões”, disse.
O diretor do colégio negou toda a agressão e afirma que Samantha agrediu a se própria para o acusar injustamente.“Você viu a foto? Você acha que se eu tivesse dado um soco nela, o rosto dela não estaria roxo? Eu quero que prove, porque é fácil uma pessoa se trancar e dar um soco em si e acusar o outro igual estão me acusando”, disse Wanildo.
O Sindicato dos Professores disse que essa não é a primeira denúncia que recebe contra ele. “Ele não pode continuar como diretor de uma entidade educativa, por isso nossa denúncia ao Ministério Público do Trabalho e todos os órgãos de proteção à mulher”, disse o presidente da entidade, Railton Nascimento Souza.
Um professor que não quis ser identificado, diz que trabalhou na unidade entre 2015 e 2016 e ficou três meses sem receber. Ele conta que, ao cobrar os valores do diretor, foi recebido com violência.
“Eu falei para ele que recorreria ao Sindicato dos Professores, procuraria os meus direitos e, ao sair da sala dele, vendo que ele estava alterado, ele me puxou pela gola da camisa, segurou no meu braço e me arremessou contra a parede”, disse.
O advogado da escola, Paulo Henrique Gonçalves, disse que desconhece as denúncias. “No que tange a ações truculentas, agressões, não existe nenhum tipo de ação contra a escola”, afirmou.