Empresário goiano está cada vez mais confiante
Segundo dados da Fieg, Índice de Confiança do Empresário Industrial de Goiás de fevereiro é o maior desde 2014, indicando melhoria contínua do otimismo no Estado
A Federação das Indústrias do Estado do Estado de Goiás (Fieg) divulgou na última segunda-feira (26) o resultado do Índice de Confiança do Empresário Industrial de Goiás (ICEI/GO), que reúne informações dos setores de indústrias extrativa, da construção e de transformação. O índice de fevereiro de 2018, que ficou em 59,3, teve aumento de 4,2 pontos em relação ao mesmo mês do ano passado, e é o maior desde fevereiro de 2014, quando chegou a 59,5 pontos.
Na prática, o aumento do ICEI demonstra a melhoria contínua do otimismo dos empresários goianos. Paulo Henrique Barbosa, empresário do setor da construção, afirma que este índice confirma as boas expectativas para os próximos meses. “O ICEI comprova a confiança não apenas dos empresários, mas também dos consumidores. Estamos presenciando a retomada da economia e o aumento da oferta de emprego, o que tende a motivar o retorno dos investimentos. Por isso, não tem como não estarmos otimistas com o atual cenário”, conta ele, que é um dos sócios diretores da Amplus Construtora, empresa goiana que surgiu neste período de crise e tem se consolidado por suas soluções inovadoras.
O diretor comercial da EBM, Rodrigo Meirelles, explica que fatores como a queda do desemprego, leve aumento de renda e queda da taxa de juros, hoje em 6,65%, influenciam para que o consumidor acredite mais na economia, principalmente quando o assunto é adquirir um imóvel, por exemplo, visto que a maior parte das aquisições é feita por financiamento bancário. “No setor da construção, investidores estão voltando a buscar ativos imobiliários. É um cliente que esteve sumido, e agora voltou a adquirir unidades imobiliárias, o que acaba impulsionando o mercado. Nossa expectativa é que os próximos seis meses sigam nesse ritmo de melhoria”, diz.
Ana Flávia Canedo Oliveira, à frente da Oliveira Melo Construtora, atribui o aumento da confiança do empresário ao fato de que a crise gerou a percepção de que ainda há possibilidade de crescer e se manter forte no mercado. “As pessoas, sobretudo os gestores, passaram por grandes turbulências e, ainda assim, se mantiveram firmes ou expandiram. Vimos que a vida segue e que somos capazes de continuar prosperando e realizando sonhos. Como tudo indica que estamos num momento de retomada, estamos cada vez mais positivos”, reitera a empresária.
A tendência de melhora também vem sendo observada no ICEI nacional, a pequena queda de -0,2 pontos na comparação com o mês anterior não foi suficiente para reduzir a confiança do empresário. O resultado de fevereiro foi o segundo maior desde abril de 2011, perdendo apenas para janeiro de 2018. Atualmente o ICEI nacional está 5,7 pontos acima do índice de fevereiro de 2017 e 4,7 pontos acima de sua média histórica (54,1 pontos).
Foto: Divulgação