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domingo, 24 de novembro de 2024
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Unicef

Mais de 150 milhões de casamentos infantis podem acontecer antes de 2030

Fundo das Nações Unidas para a Infância destacou que este tipo de submissão ainda afeta 12 milhões de meninas por ano. Na última década, a taxa caiu em 15%

Postado em 6 de março de 2018 por Victor Pimenta
Mais de 150 milhões de casamentos infantis podem acontecer antes de 2030
Fundo das Nações Unidas para a Infância destacou que este tipo de submissão ainda afeta 12 milhões de meninas por ano. Na última década

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) destacou,
nessa segunda-feira (5), que 25 milhões de casamentos infantis foram evitados
no ano passado no mundo todo. Ele alertou, no entanto, que mais de 150 milhões
de meninas correm o risco de ser submetidas a essa prática antes de 2030, se o
progresso não for acelerado em certas regiões.

Em comunicado, o Unicef destacou as “reduções
significativas” dos casamentos infantis, que ainda afetam 12 milhões de
meninas por ano e foram reduzidos em 15% na última década.

“Dado o forte impacto que o casamento infantil pode
produzir na vida de uma menina, recebemos qualquer redução como uma boa
notícia, mas ainda temos um longo caminho a percorrer”, advertiu a
assessora principal de Gênero e Desenvolvimento do Unicef, Anju Malhotra.

A maior queda nas estatísticas do casamento infantil foi
registrada no sul da Ásia na última década, onde, segundo o Unicef, “o
risco de uma menina se casar antes de completar os 18 anos foi reduzido em mais
de uma terço, de quase 50% a 30%”.

O Unicef atribui esse resultado ao progresso na Índia,
especialmente no que diz respeito à recuperação das estatísticas das meninas
que recebem educação, aos investimentos do governo e às mensagens espalhadas sobre
a ilegalidade do casamento infantil.

Na África Subsaariana a situação piorou: “quase uma em
cada três” das meninas que se casaram mais recentemente vêm de lá. Há 10
anos, era uma em cada cinco”, alertou o Unicef.

No Continente Africano destaca-se o caso da Etiópia, que
figurava entre os cinco países com maior índice de casamento infantil da África
Subsaariana e teve queda de um terço na prevalência dessas uniões nos últimos
10 anos.

“Para cada casamento infantil que é evitado, é oferecida
a uma menina a oportunidade de desenvolver seu potencial”, acrescentou
Anju. Ela convidou “a redobrar os esforços coletivamente, a fim de
prevenir que essa horrível prática prive de sua infância milhões de meninas”.

O Unicef estima que atualmente cerca de 650 milhões das
mulheres que vivem no mundo se casaram ainda meninas. 
Neste contexto, a organização ressalta que, para eliminar
essa prática antes de 2030 “é necessário acelerar o progresso
consideravelmente”.

 Fonte: Agência Brasil. (Foto: Reprodução/Internet)

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