Levantamento mostra que mulheres são donas de 31% de empresas nos EUA
Principal fator motivador para abrir o próprio negócio, segundo a pesquisa, foi a busca de flexibilidade em prol do equilÃbrio entre vida pessoal e trabalho
Na luta pela conquista de espaços, mais e mais mulheres têm
se lançado no mercado norte-americano como empreendedoras. Um levantamento do
Instituto de Desenvolvimento para Empreendedorismo do Conselho Nacional de
Mulheres Proprietárias de Empresas (livre tradução para National Woman´s
Business Council – NWBC), feito no ano passado, mostrou que 31% das empresas
norte-americanas pertencem a mulheres. Uma em cada cinco tem receita superior a
um US$ 1 milhão.
O estudo mostrou ainda que em 2017 existiam mais de 9,4
milhões de empresas pertencentes a mulheres nos Estados Unidos. Em 2015 eram 9,1 milhões, 300 mil novas
empresas geridas por mulheres foram criadas no perÃodo. A receita estimada
gerada foi de um US$ 1,7 trilhão nos últimos três anos.
A tendência de crescimento tem se sustentado nos últimos
anos. O número de total de empresas criadas nos Estados Unidos cresceu 47%, entre
1999 e 2014. Nesse universo, aquelas que pertencem às mulheres aumentaram 68%.
Na geração de empregos, as empresas comandadas por mulheres responderam por
mais da metade das vagas do mercado de trabalho em 2017 – 8,3 milhões de
empregados no ano passado, de um total de 16 milhões no universo de todas as
empresas.
Motivação
O levantamento revelou que vários fatores influenciaram no
aumento das empresas geridas por mulheres, entre eles maior acesso a linhas de
financiamento direcionadas ao público feminino, bem como campanhas motivadoras
para pequenas empreendedoras.
Em relação à tomada de decisão entre abrir ou não seu próprio
negócio, o principal fator motivador, segundo a pesquisa, foi a busca de
flexibilidade em prol do equilÃbrio entre vida pessoal e trabalho.
Entrevistas e grupos focais foram feitos para traçar o perfil
das empreendedoras em Houston, Los
Angeles e Washington DC, analisando
proprietárias de pequenas, médias e grandes empresas.
Movimento crescente
No último ano, tapetes vermelhos das premiações nos Estados Unidos
foram marcados por vestidos pretos, em manifestações contra o assédio sexual na
indústria do cinema no paÃs, depois de revelada uma série de escândalos
envolvendo produtores poderosos. Campanhas nas redes sociais engajaram artistas
e internautas.
Mas muito antes, atrizes como Reese Wtherspoon já vinham lutando
para fazer a diferença em um ambiente que, por muito tempo, vem sendo liderado
por homens. Há sete anos, ela criou a
Pacific Standard, uma produtora
especializada em contar histórias sobre mulheres.
O filme Garota Exemplar, de 2014, e a série Big Little Lies,
ambos produzidos pela produtora renderam milhões de dólares e foram sucesso de
crÃtica. O filme foi indicado ao oscar de melhor atriz e a série levou quatro
globos de Ouro.
Reese é uma das protagonistas de um movimento que atua para
apoiar mulheres empreendedoras. Ela tem o respaldo de outros nomes importantes
da mÃdia norte-americana, como a apresentadora Oprah Winfrey.
Ophah tem sido cotada por grupos liberais para a próxima
corrida presidencial e, ao ser homenageada na premiação do Globo de Ouro deste
ano, lembrou-se do passado de abusos que sofreu e falou que chegou o tempo em
que as mulheres serão ouvidas e respeitadas.
Fonte: Agência Brasil. (Foto: Reprodução)