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quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Atendimento

Metade da frota precisa ser trocada

Moradores queixam-se dos serviços e das condições em que se encontram algumas ambulâncias

Postado em 19 de março de 2018 por Sheyla Sousa
Metade da frota precisa ser trocada
Moradores queixam-se dos serviços e das condições em que se encontram algumas ambulâncias

Marcus Vinícius Beck*

A metade das ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da Capital, precisa ser renovada para seguir prestando atendimento à população. Ao todo, o município conta com 10 veículos habilitados pelo Ministério da Saúde para oferecer os primeiros atendimentos ao paciente. Deste total, sete não consideradas unidades de suporte básicas e apenastrêsavançadas, que são acionadasnos casos em que é necessáriose ter maiores cuidados, como infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Mesmo diante do esforço da União, Estado e Município para conseguir renovar a frota de veículos, moradores das imediações da garagem onde são guardados as ambulâncias de Aparecida disseram à reportagem que a situação não é das melhores. Socorristas que conversaram com a equipe, sob condição de anonimato,descreveram o serviço do Samu como precário, mas eles reconhecem que já teve época bem pior. De acordo com os enfermeiros, os atendimentos antigamente eram prestados por meio de uma ambulância da marca Iveco com motor em condições péssimas e aparelhos de socorros precários.

O servente de pedreiro Raimundo Nonato da Silva, 64, tem a saúde em dia, porém ele preocupa-se caso tenha de recorrer aos serviços prestados pelo Samu. “Imagine se a pessoa está mal e, de repente, o motor da ambulância enguiça porque o ‘trem’ está velho. O que o doente terá de fazer?”, indaga, receoso. “Graças a Deus nunca tive nenhum problema de saúde, porque é complicado ficar nas mãos do tipo de serviço de saúde móvel oferecido pela Prefeiturade Aparecida de Goiânia, extremamente precário, ruim e desumano”.

Com 4 mil ligações atendidas diariamente em sua central, o Samu de Aparecida de Goiânia é responsável pelos atendimentos na região centro-sul do Estado de Goiás, contemplando cidades como Hidrolândia, Piracanjuba e Pontalina. Destes telefonemas, pelo menos 2,5 mil são atendimentos que requerem maior urgência por parte dos socorristas. Quando o cidadão solicita atendimento em locais mais afastados, como bairros que fazem parte da região periférica de Aparecida, um socorrista de moto vai ao local para atendê-lo. Se o problema for mais grave, o paciente será encaminhando para um hospital, onde terá maiores cuidados.

De acordo com a enfermeira e gestora do Samu de Aparecida de Goiânia, Danielly Silvestre Bittencourt, a base de Aparecida existe desde 2010, quando houve um incentivo por parte do ex-prefeito Maguito Vilela (MDB), que conseguiu arrecadar fundos do governo federal para viabilizar a construçãoda unidade. “Antes, a base do Samu dependia de Goiânia, que atendia apenas a Região Metropolitana da Capital, tendo Aparecida como um desses municípios”, diz. Atualmente, há nove bases descentralizadas pela região de Aparecida.

Aquisição

O Ministério da Saúde liberou verba para que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aparecida de Goiânia pudesse renovar sua frota do Serviço de Atendimento Móvel Urgente (Samu). Até o momento, foram adquiridos quatro veículos, e em trinta dias mais um deve ser comprado. 

De acordo com a enfermeira e gestora do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Danielly Silvestre Bittencourt, o processo de renovação das frotas do Samu deve terminar no ano que vem, já que a aquisição dos carros não depende apenas do município, e sim das outras esferas administrativas. “É um processo gradativo em que dependemos também da liberação que vem do próprio Ministério da Saúde, e por isso há essa certa demora em renovar todos os carros”, explica. 

A Prefeitura de Aparecida de Goiânia disse que a cidade “recebe aproximadamente R$ 426 mil mensais para o custeio dos serviços de atendimento móvel”. (Marcus Vinícius Beck é estagiário do jornal O Hoje, sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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