Morte de agente prisional foi a mando de detentos
Segundo as investigações, a motivação do crime teria sido a nova postura em cadeia após ação contra privilégios ser adotada
Nesta quarta- feira (21) A PolÃcia Civil concluiu o inquérito que apura a morte do agente prisional Eduardo Barbosa dos Santos, de 34 anos, atingindo por mais de 20 tiros em Anápolis, a 55 km de Goiânia. A corporação apontou que o crime foi ordenado por detentos, que escolheram a vÃtima de forma “aleatória”, por causa regime mais rÃgido implantado no presÃdio da cidade.
Eduardo foi executado no último dia 2 de janeiro. Segundo o delegado Vander Coelho Júnior, responsável pelo caso, houve uma troca da equipe de servidores penitenciários após a Operação Regalia, deflagrada pelo MP no final do ano passado para investigar privilégios dados a presos. Eles mantinham até um motel na penitenciária.
A partir do momento em que a nova direção adotou esss postura mais rÃgida, os presos resolveram matar membros dos serviços de segurança.
Quatro detentos e mais quatro homens foram indiciados pelo crime. Entretanto, dois dos envolvidos na morte de Eduardo também foram mortos. Inclusive, o executor foi assassinado três dias depois por um comparsa como “queima de arquivo”.
Outro que o auxiliou também foi morto em um confronto com a PolÃcia Militar no último dia 23 de fevereiro.
Os envolvidos responderão pelo homicÃdio, cuja pena em caso de condenação varia entre 12 e 30 anos.
Um dia após a morte de Eduardo, o também agente e ex-supervisor do PresÃdio de Anápolis Ednaldo Monteiro também foi executado a tiros quando ia comprar flores para o velório do colega. Câmeras de segurança registraram o crime.
O delegado, no entanto, disse que o inquérito sobre a morte de Ednaldo segue em investigação por meio da força-tarefa instaurada para realizar o trabalho.
Monteiro era supervisor de segurança da Unidade Prisional de Anápolis, mas foi afastado do cargo após ser preso em novembro durante a segunda fase da Operação Regalia, realizada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO). Segundo os promotores, ele e outros servidores recebiam propina em troca de regalias aos detentos. Em dezembro, a vÃtima conseguiu a liberdade provisória.