Crescimento das importações diminui saldo da balança comercial
Os destaques foram as vendas de semimanufaturados, que cresceram 16,8% sobre o mesmo mês do ano passado, graças às vendas de zinco bruto (alta de 95,5%), celulose (+92,1%) e ligas de ferro (48,3%)
O crescimento das importações, decorrente da recuperação da
economia, reduziu o saldo da balança comercial em março. Segundo dados
divulgados há pouco pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços
(Mdic), o país exportou US$ 6,281 bilhões a mais do que importou no mês
passado, queda de 12% em relação ao resultado positivo de US$ 7,136 bilhões em
março de 2017.
Com o resultado de março, a balança comercial – diferença
entre exportações e importações – acumula superávit de US$ 13,952 bilhões nos
três primeiros meses de 2018, valor 3,1% inferior ao do mesmo período do ano
passado. Apesar da retração, o indicador acumula o segundo melhor resultado da
história, tanto para meses de março quanto para o primeiro trimestre.
No mês passado, as exportações somaram US$ 20,089 bilhões,
alta de 9,6% em relação a março de 2017 pelo critério da média diária. Os destaques foram as vendas de semimanufaturados, que cresceram 16,8% sobre o
mesmo mês do ano passado, graças às vendas de zinco bruto (alta de 95,5%),
celulose (+92,1%) e ligas de ferro (48,3%).
As exportações de produtos básicos aumentaram 8,4% na mesma
comparação, impulsionadas pelos embarques de milho em grão (168,5%), fumo em
folhas (127,2%) e petróleo bruto (41,7%). As vendas de produtos manufaturados
subiram 8,3%, com destaque para óleos combustíveis (+149,7%), suco de laranja
não congelado (+120,2%) e tubos de ferro fundido (+99,4%).
As importações somaram US$ 13,809 bilhões, com alta de 16,9%
em relação a março do ano passado pelo critério da média diária. As compras de
combustíveis e lubrificantes cresceram 46,5% sobre o mesmo mês do ano passado.
As importações de bens de capital (máquinas e equipamentos usados na produção)
aumentaram 20,5%. As compras de bens de consumo subiram 16,4%; e as compras de
bens intermediários, 12,2% na mesma comparação.
Em 2017, a balança comercial fechou o ano com superávit
recorde de US$ 67 bilhões, beneficiado pela supersafra e pela valorização das
commodities (bens primários com cotação internacional). Para este ano, o Mdic
projeta superávit menor, em torno de US$ 50 bilhões, por causa da estabilização
do preço dos bens primários e da recuperação da economia, que impulsiona as
importações.
Fonte: Agência Brasil. (Foto: Reprodução/DR)