Rússia exige que bombardeios na Síria cessem imediatamente
Ministérios das Relações Exteriores considerou o ataque como uma “linha extremamente perigosa”. Estados Unidos, Reino Unido e França realizaram durante a noite passada um ataque contra o governo sírio
A Rússia exigiu neste sábado (14) que ações como o bombardeio
realizado ontem (13) por Estados Unidos, Reino Unido e França contra
instalações militares do governo da Síria cessem imediatamente.
Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores russo
exigiu que seja “colocado fim imediatamente à linha extremamente perigosa
adotada pelos líderes do Ocidente para destruir todos os acordos sobre os
caminhos para o acerto da situação síria”.
“O ato de agressão [na Síria] é um forte golpe nos
esforços destinados a estimular o processo político de Genebra sobre a base da
resolução 2245 do Conselho de Segurança da ONU, que respalda o respeito à
soberania e integridade territoriais do país árabe”, disse a chancelaria
russa.
“Agora que as tropas sírias avançam com sucesso na ofensiva
contra o Estado Islâmico (…) e outros grupos terroristas, os EUA e seus
aliados querem dar um fôlego aos radicais e extremistas, permitir a eles
recompor suas fileiras e prolongar o derramamento de sangue para entorpecer o
acerto político”, acrescenta a nota.
Ainda segundo o texto, “fica claro que aqueles no
Ocidente que se ocultam sob a retórica humanitária e justificam a sua presença
militar na Síria pela luta contra os jihadistas, na realidade estão a seu lado
e levam o país à divisão”.
A Rússia, que convocou para hoje uma reunião urgente do
Conselho de Segurança da ONU, pediu “a todos seus membros e a todos os
países responsáveis da comunidade internacional para fazerem uma avaliação
adequada do ocorrido para excluir a repetição de ações agressivas irracionais,
que ameaçam a paz e segurança na região”.
Estados Unidos, Reino Unido e França realizaram durante a
noite passada um ataque com mais de cem mísseis contra várias instalações
militares do governo sírio, algumas delas supostamente relacionadas com o
sistema de produção e armazenamento de armas químicas, segundo o Pentágono.
Os ataques, segundo a versão americana, foram contra um
centro de pesquisas científicas perto de Damasco, dois armazéns com armas
químicas na província de Homs e um centro de comando localizado na mesma
província siria.
Fonte: Agência Brasil e Agência EFE.