Henrique Meirelles recebe título de cidadão goianiense
Em seu discurso ele lembrou do desafio de assumir a pasta da Fazenda e Previdência Social em meio a umas da maiores crises econômicas do país
Na manhã desta quinta- feira (26) aconteceu na Câmara Municipal, à solenidade que deu ao ex-ministro da fazenda Henrique Meirelles o título de cidadão goianiense. A cerimônia contou com a presença do Governador do Estado de Goiás José Eliton, que fez questão de estar presente na homenagem feita para Meirelles.
O ex-presidente do Banco Central do Brasil afirmou em seu discurso durante a cerimônia que quando ocupou algumas das funções importantes no Governo Federal, teve muitas dificuldades devido ao descontrole das contas públicas e ao desequilíbrio financeiro do país.
Em 2003, o Brasil convivia com uma inflação anual que ultrapassava os 17%. Em 2016 essa situação voltou a se repetir, e por isso o atual presidente Michel Temer chamou Meirelles para comandar a pasta da Fazenda no início do então governo.
“Em 2016 a situação do Brasil agigantou o nosso desafio. Vivíamos a maior crise da história. Era uma situação de desesperança, descrédito com o País e o seu poder de reação”, lembrou.
O ex-ministro acredita ainda que conseguiu superar o momento mais crítico da crise, revertendo um quadro de destruição de 1,5 milhão de empregos por ano para a geração de 2,5 milhões de vagas no mercado de trabalho.
Filho do advogado Hegesipo de Campos Meirelles e da estilista Diva Silva Campos, Meirelles nasceu em 31 de agosto de 1945 em Anápolis, e é casado com a psiquiatra de ascendência alemã, Eva Missine. Meirelles estudou no tradicional Liceu de Goiânia, de onde se transferiu para São Paulo para graduar-se em engenharia civil pela Escola Politécnica da USP. Foi gestor na presidência do Banco de Boston no Brasil, ele depois exerceu à condição de presidente mundial da instituição, em 1996.
De volta ao Brasil, foi eleito deputado federal pelo PSDB de Goiás com 183 mil votos, a maior votação já conquistada por um candidato. Deixou a função para assumir a presidência do Banco Central. Retornou a vida pública em 2016 como ministro da Fazenda e Previdência Social.