Vereador chama de factoide depoimento de testemunha de Marielle
Marcello Siciliano (PHS), do Rio de Janeiro, negou hoje (9) participação no assassinato da vereadora
O vereador Marcello Siciliano (PHS), do Rio de Janeiro,
negou hoje (9) participação no assassinato da também vereadora Marielle Franco
(PSOL). Uma reportagem publicada ontem (8) pelo jornal O Globo traz o
depoimento de uma testemunha que acusa Siciliano e o ex-policial militar
Orlando Oliveira de Araújo de terem se reunido para planejar a morte da
parlamentar.
O vereador concedeu uma entrevista na manhã de hoje para
rebater a acusação que chamou de factoide e afirmou ser fruto do depoimento de
uma pessoa sem credibilidade, que fez um acordo para se proteger.
“Estou sendo massacrado nas redes sociais por algo que
foi supostamente dito por uma pessoa que ninguém sabe a credibilidade que
tem”, disse.
Siciliano também negou conhecer Orlando que está preso em
Bangu e é apontado como chefe de um grupo miliciano.
Marielle e o motorista Anderson Gomes foram assassinados em
14 de março, com tiros disparados por ocupantes de um veículo que os seguia
desde a saída da Câmara dos Vereadores. O caso está sob investigação da Polícia
Civil do Rio.
O vereador Marcello Siciliano já havia divulgado uma nota
noite de ontem para se defender e afirmou novamente que ele e Marielle eram
amigos, apesar de correligionários da vereadora terem contestado a existência
dessa relação.
Segundo o jornal O Globo, a atuação de Marielle na Cidade de
Deus teria incomodado o miliciano e o vereador. Siciliano afirmou que a
comunidade da zona oeste não é seu reduto eleitoral, que se concentra nos
bairros de Vargem Grande e Vargem Pequena.
Siciliano disse estar chateado e perplexo e afirmou que sua
atuação política pode ter incomodado.
“Peço que vocês me deem o direito de estar aqui, mais
uma vez, quando isso for esclarecido.”
Com informações da Agência Brasil.