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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Eleição

Vinte milhões de venezuelanos vão às urnas neste domingo

Dos três candidatos que disputam com Maduro, apenas um – Henri Falcón – tem chances de derrotá-lo. O presidente da Colômbia reafirmou que não vai aceitar o resultado das eleições de hoje

Victor Pimentapor Victor Pimenta em 20 de maio de 2018
Vinte milhões de venezuelanos vão às urnas neste domingo
Dos três candidatos que disputam com Maduro

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Vinte milhões de eleitores foram
convocados às urnas, neste domingo (20), para escolher quem governará a
Venezuela durante os próximos seis anos. Apesar da grave crise (marcada pela
hiperinflação, o desabastecimento e o êxodo de milhares de venezuelanos), o
atual presidente, Nicolás Maduro, está confiante na reeleição – até porque a
oposição está dividida, e seus principais rivais políticos foram presos,
exilados ou proibidos de se candidatar.

Já quem quer uma mudança terá que
decidir entre votar em um dos candidatos, que disputam a Presidência com
Maduro, ou aderir ao boicote, proposto pelos principais partidos opositores. Dos três candidatos que disputam
com Maduro, apenas um – Henri Falcón – tem chances de derrotá-lo. O
ex-governador, de 56 anos, já pertenceu ao Partido Socialista Unido da Venezuela
(PSUV), no poder há 18 anos, antes de passar para a oposição. Mas ele se opôs à
decisão da maioria dos partidos opositores, que integram a frente Mesa de
Unidade Democrática (MUD), de fazer campanha pela abstenção.

Falcón lançou a sua própria candidatura,
na esperança de obter o apoio dos milhares de venezuelanos descontentes, que há
anos fazem filas quilométricas nas portas de supermercados vazios e sentem que
seu dinheiro vale cada vez menos. Segundo estimativas do Fundo Monetário
Internacional (FMI), a inflação venezuelana este ano pode chegar a 13 mil por
cento.

“Nosso governo vai respeitar os
Direitos Humanos, e mudaremos a Venezuela com o voto, não com a abstenção”,
disse Falcón durante a campanha. Ele argumentou que ditaduras como a chilena,
de Augusto Pinochet (1973-1990), e a espanhola, de Francisco Franco
(1939-1975), que tiveram fim via eleições.

Além de Maduro e de Henri Falcón
(Avançada Progressista), disputam o cargo Reinaldo Quijada (Unidade Política
Popular 89) e o pastor Javier Bertucci (Esperança pela Mudança).

Muitos outros opositores – entre
eles, os mais moderados, como Henrique Capriles – lembram que já tentaram
derrotar Maduro nas urnas. E que, apesar de terem conquistado a maioria
parlamentar em 2015, o governo nunca os deixou legislar. No ano passado, a
Suprema Corte decidiu que o Parlamento não tinha legitimidade porque deu posse
a três deputados cuja eleição tinha sido questionada, fato que abriu uma grave
crise política no país.

Segundo esses lideres da
oposição, participar das eleições seria legitimar uma fraude.

Pressão

A Venezuela enfrentou novas
pressões internacionais às vésperas das eleições. O presidente da Colômbia,
Juan Manuel Santos, reafirmou que não vai aceitar o resultado das eleições
deste domingo.

 Fonte: Agência Brasil.

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