Confederação Brasileira de Tênis lamenta morte de Maria Esther
Principal nome do tênis brasileiro morreu nesta sexta-feira, aos 78 anos, em São Paulo
O tênis brasileiro está em luto. A Confederação Brasileira de Tênis lamenta a perda de nossa eterna Bailarina Maria Esther Bueno, maior nome do esporte no país, que morreu aos 78 anos, nesta sexta-feira, no Hospital 9 de Julho, em São Paulo.
A ex-tenista lutava contra um câncer desde o ano passado, quando teve um tumor diagnosticado na boca. Ela passou por tratamento e chegou a apresentar uma melhora, mas voltou a ser internada em maio deste ano já com a doença em estágio avançado.
O velório de Maria Esther será no Salão Oval do Palácio dos Bandeirantes, do governo de São Paulo. A cerimônia será realizada das 8 às 15 horas.
“Hoje, o Brasil perdeu um dos seus maiores ícones esportivos de todos os tempos. Dona de incríveis 19 títulos de Grand Slams, entre simples e duplas, e uma exímia representante de nosso país. Sem dúvidas, Maria Esther Bueno foi o maior nome do tênis brasileiro. O nosso esporte está em luto”, lamentou o presidente da CBT, Rafael Westrupp.
Nascida em São Paulo no dia 11 de outubro de 1939, Maria Esther Bueno conquistou 19 Grand Slams. Foram sete títulos de simples, onze de duplas e um em duplas mistas.
Maria Esther Bueno tinha apenas 19 anos em 1959, quando sagrou-se campeã pela primeira vez em Wimbledon e no US Open, que na época era disputado sobre as quadras de grama de Forest Hills.
Wimbledon foi o maior palco de suas conquistas. Foram sete títulos na famosa grama britânica: três em simples (1959, 60 e 64) e quatro em duplas (58, 60, 63 e 65), que lhe renderam o apelido de Bailarina do Tênis, por parte dos jornais ingleses, devido à beleza plástica de seus movimentos.
Em 1960, Maria Esther conseguiu a façanha de conquistar os quatro Grand Slams de duplas no mesmo ano.
Foi considerada como número 1 do mundo nos anos de 1959, 1960, 1964 e 1966, antes da criação do ranking mundial em 1975, e passou a integrar o Hall da Fama do Tênis em 1978, sendo a única sul-americana a fazer parte deste seleto grupo até a entrada da argentina Gabriella Sabatini em 2006.
Em 1963, foi medalha de ouro nos Jogos Pan Americanos, em São Paulo, e ficou com a prata nas duplas feminina e mista.
Na Era Aberta, chegou ao 29º lugar do ranking da WTA em 1979, marca que permanece até hoje como a melhor de uma brasileira no tênis feminino.
Recentemente, Maria Esther trabalhou como comentarista no canal por assinatura SporTV.
Entre as muitas homenagens, a rainha do tênis brasileiro dá nome à principal quadra utilizada nos Jogos Olímpicos de 2016.
Descanse em paz, Bailarina!