Cabeleireiro de 24 anos morre após lutar com invasor
Sem levar nada, mas também ferido, o criminoso fugiu deixando marcas de sangue para trás. Caio não resistiu aos ferimentos e morreu nos braços da mãe.
Enquanto repousava em sua residência no Jardim Europa na madrugada deste sábado (23), o cabeleireiro Caio Magno, de 24 anos, teve uma surpresa desagradável: um barulho diferente no portão indicava que a casa estava sendo invadida. O tempo foi suficiente apenas para que o morador avisasse sua mãe, que dormia em outro quarto, antes de checar a entrada da casa. Na parte externa da morada, ele encontrou e iniciou uma luta corporal com o bandido, que o alvejou quatro vezes, duas delas no peito, uma na barriga e outra no pé. Sem levar nada, mas também ferido, o criminoso fugiu deixando marcas de sangue para trás. Caio não resistiu aos ferimentos e morreu nos braços da mãe.
De acordo com uma prima, a advogada Isabela Ribeiro, de 23 anos, o caso ocorreu por volta das 3h30 e a avó de caio também estava no local. “Minha tia disse que ele ouviu um barulho no portão, avisou que tinha alguém na casa e saiu para ver o que era. Em seguida ela ouviu os disparos e correu em direção meu primo. Foi muito rápido, mas ela chegou na área a tempo de ver o criminoso, um homem de baixa estatura, vestido com uma camisa azul clara, com cabelos brancos que fugiu na sequência. Ela chegou a chamar a avó dele, mas não deu tempo de chamar socorro”.
Segundo Isabela, o homem estava em um veículo Gol geração 2, vulgarmente conhecido como “Bola”, de cor branca. “Ele correu para o carro, mas como estava ferido, deixou marcas e uma poça de sangue na esquina, onde o veículo ficou estacionado. Chamamos a polícia e a perícia que afirmaram que, de alguma forma, durante a luta, meu primo conseguiu tomar a arma e desferir um tiro contra o bandido”.
Mais tarde, familiares souberam que um possível suspeito, com características semelhantes às do homem flagrado na casa de Caio, tinha dado entrada no Hospital Estadual de Urgências de Goiânia (Hugo), por volta das 3h50, cerca de 20 minutos após o crime. “O homem que está lá e que bate com as características está com um ferimento causado por arma de fogo no braço. Mas não temos mais informações. A polícia irá investigar”.
Conforme expõe a familiar, emocionada, às 13h30, o corpo de Caio ainda não havia sido liberado no Instituto Médico Legal, motivo pelo qual o sepultamento teve que ser adiado para domingo (24), contrariando a vontade do cabeleireiro. “Ele falava pra gente que quando morresse, queria que fosse pela manhã, para que à tarde tudo estivesse feito, de modo que ninguém teria trabalho para fazer à noite. Não conseguiremos fazer a vontade dele”, lamenta.
Choroso, o ex-companheiro e amigo de Caio, o também cabeleireiro João Cândido, aponta um possível motivo para a invasão. “O portão da casa é aberto e dá pra ver a moto dele que fica estacionada na área da casa. Provavelmente o bandido queria levar a moto e por arrombou o portão”.
João revela que a rua possui circuito com câmeras de segurança e que a família agora planeja solicitar judicialmente a concessão das imagens. “Sabemos que o cara estacionou o carro na esquina e foi a pé para a casa dele. Marcas de sangue estão pelo trajeto que ele fez de volta na hora da fuga. Esperamos identifica-lo”.
A redação tentou contatar o delegado Marco Aurélio Euzébio Ferreira, que recebeu a ocorrência na Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), mas foi informada de que o plantão dele já havia sido encerrado.
Informações retiradas do Mais Goiás