Homem é preso por abusar de garoto em entrevista de emprego
Suspeito nega as acusações e afirma que pediu para o menino tirar a roupa somente para tirar as medidas para o uniforme
Katrine Fernandes
A Polícia Civil prendeu um homem de 27 anos suspeito de
abusar sexualmente de um adolescente, de 14, durante uma entrevista de emprego,
em Anápolis, a 55 km de Goiânia. A situação ocorreu no último sábado (7) em uma
suposta empresa de festa. Após a entrevista, a vítima contou a situação à mãe,
que também estava no local e acionou a Polícia Militar. O homem foi preso em
flagrante.
Em depoimento o suspeito negou o crime, mas, confirmou que
pediu ao garoto para tirar a roupa e que o procedimento teria sido realizado com
o intuito de apenas tirar as medidas para confecção do uniforme. Um primo do
menino, de 15 anos, alegou que também buscava uma vaga, disse que sofreu a
mesma abordagem, mas se negou a ficar nu.
Segundo a delegada Kenia Segantini, responsável pelo caso, o
adolescente disse em depoimento que, além de pedi-lo para tirar a roupa, o
homem tocou seu corpo de forma “inadequada”, fato negado pelo
suspeito.
“Ele confirmou que pediu para os meninos tirarem a
roupa, mas somente para tirar as medidas do uniforme. Ele também negou qualquer
tipo de toque íntimo”, disse a delegada.
Perguntas indiscretas
Ao prestarem seus depoimentos, os dois adolescentes deram
versões semelhantes para a atitude do entrevistador. O primeiro, o garoto de 15
anos disse que o homem fez várias perguntas indiscretas.
“Ele disse que o homem perguntava coisas como se ele
contava tudo para a tia ou se ‘topava tudo’. Depois, pediu para que ele tirasse
as roupas para medir o uniforme, mas ele se negou e saiu do local”,
destaca.
Em seguida, o homem foi para outra sala falar com o segundo
adolescente. A abordagem foi a mesma, porém, o menino resolveu obedecê-lo.
“Ele tirou a roupa para fazer a medição, acreditando que
se tratava de um procedimento de rotina da empresa. Porém, em seguida, alegou
que teve seu corpo tocado pelo suspeito, o que motivou a denúncia”, frisa
a delegada.
Ainda segundo afirmações da delegada, o menino saiu da sala assustado e logo contou
para a mãe o que havia ocorrido. Em seguida, ela acionou a polícia.
A investigação segue agora com o intuito de descobrir se a
empresa de fato existia e funcionava, bem como saber se o homem tinha sócios ou
se outras pessoas teriam sido vítimas do rapaz.