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domingo, 22 de dezembro de 2024
Segurança e emprego

Candidata propõe Segurança Cidadã para tirar Goiás da violência

“Goiás é o segundo estado que mais mata mulher no país. Temos que mudar esta realidade”, diz Kátia Maria

Postado em 20 de agosto de 2018 por Lucas de Godoi
Candidata propõe Segurança Cidadã para tirar Goiás da violência
“Goiás é o segundo estado que mais mata mulher no país. Temos que mudar esta realidade”

“Enquanto primeira mulher governadora de Goiás irei fazer um governo participativo", diz Kátia Maria (Foto: Divulgação)

Da Redação

A falta de segurança tem retirado o direito de ir e vir da
população em todo o País e em Goiás isto não é diferente. E esta é uma
preocupação da candidata ao governo pelo PT, Kátia Maria. “Para garantirmos a
segurança da população não basta apenas contratar mais policiais civis e
militares, temos que prepara-los bem, dar condições melhores de trabalho e mais
do que isso, garantir emprego e renda para a população. E para isso é
necessária a integração de serviços para termos uma segurança cidadã. É assim
que reduziremos os índices de violência no estado”, alerta a candidata petista.

Segundo levantamento feito pelo jornal O Popular, metade das
cidades goianas tem menos de dez policiais militares e 23 não possuem nenhum.
“Isto é um dado preocupante que iremos reverter. Não pode um município ter
muitos e outros nenhum. Todos têm o direito de se sentirem seguros”, argumenta.
Kátia Maria critica a atual gestão que paga R$ 1.500 de salário para o policial
civil e militar em início de carreira. “Os profissionais que arriscam suas
vidas diariamente precisam ser tratados com dignidade e ter condições mais
humanas de trabalho”, diz.

Para ela, como esperar que policiais civis ou militares
consigam garantir a segurança da população e, assim, reduzir os altos índices
de violência quando eles mesmos estão sujeitos à uma violência que retira a sua
dignidade de viver. O programa de governo da petista no quesito segurança
pública propõe a melhoria da qualidade do serviço de segurança, investindo nas
condições de trabalho, com valorização salarial e qualificação profissional,
humanizando o serviço e construindo uma segurança pública cidadã.

Para isto, Kátia Maria irá implantar um sistema integrado de
segurança, com tecnologias adequadas e equipes preparadas garantindo que as
notificações possam ser acompanhadas em tempo real, com ações de inteligência e
de combate articuladas, em todos os municípios goianos, com uma atenção
especial para a Região Metropolitana de Goiânia e municípios do Entorno do DF.
“As organizações criminosas crescem onde o Estado se ausenta e uma gestão
integrada nos possibilita colocar em prática políticas públicas para evitar a
criminalidade e possibilitar que a população goiana tenha melhor qualidade de
viver em segurança”, explica.

De acordo com dados da própria Secretaria de Segurança
Pública, de janeiro a julho deste ano foram registrados 1.197 crimes violentos
letais e intencionais (homicídio doloso, latrocínios e lesões corporais
seguidas de morte). Isto coloca Goiás entre os estados com os piores índices de
violência. Outro dado preocupante é que Goiás é o 2º estado que mais mata
mulheres no Brasil. “O assassinato é o nível mais grave da violência contra a
mulher, que se apresenta em níveis físico, emocional, psicológico e institucional
na vida das goianas, num Estado que não tem Políticas Públicas para Mulheres”,
critica. Para resolver esta situação Kátia Maria propõe equiparas delegacias da
mulher, aumentar o número existente hoje de 22 Delegacias Especializadas de
Atenção à Mulher e qualificar os profissionais que atuam nesta área.

“Enquanto primeira mulher governadora de Goiás irei fazer um
governo participativo e paritário, com mulheres nos cargos estratégicos.
Criaremos políticas públicas para mulheres, gerando condições de emancipação
econômica e social de maneira sustentável”, anuncia. A proposta da petista
inclui programas de capacitação, com o objetivo de preparar as mulheres para
entrar no mercado de trabalho e a criação da Rede de Enfrentamento à Violência
contra a Mulher, além de estruturar as 22 delegacias existentes, ampliar o
serviço e dar condições para que as delegadas possam trabalhar. Segundo Kátia
Maria é preciso garantir um atendimento multidisciplinar para as mulheres
vítimas de violência com equipes compostas por psicólogos, assistentes sociais
e advogados para garantir o funcionamento da rede. “Vamos criar também as Casas
Abrigo, onde mulheres e crianças poderão ter o atendimento necessário para que
possam sair da condição de vulnerabilidade social”, propõe a candidata.

Desemprego

Números divulgados no dia 17 de agosto pelo IBGE apontam que
27,6 milhões de brasileiros estão desempregados, sendo que destes, 3 milhões
162 mil estão há pelo menos dois anos procurando emprego. Para a candidata ao
governo de Goiás pelo PT, Kátia Maria, esta taxa recorde de desemprego no País
só será alterada com mudanças significativas na gestão da economia do país.

Ela ainda lembra que ao retirarem a presidenta Dilma Roussef
do cargo, os defensores do golpe disseram que esta situação iria melhorar e que
o Brasil iria retomar a economia e gerar emprego e renda. “O que vemos é
exatamente o contrário. A Reforma Trabalhista defendida por eles aumentou a
precarização do trabalho e deixou milhões desempregados e outros 70 milhões
fora do mercado formal, sem carteira assinada e vivendo de bicos”, criticou
hoje Kátia Maria.

Para a petista essa realidade precisa mudar e é importante
que a população saiba qual a mudança que deseja para Goiás e para o Brasil.
“Esta taxa de desemprego é de responsabilidade de quem fez a reforma
trabalhista, de quem deu o golpe no Brasil, e ela tem nome e sobrenome. Aqui em
Goiás nós podemos afirmar que tanto Ronaldo Caiado, quanto o Daniel Vilela,
foram defensores da Reforma Trabalhista. O PSDB do José Eliton não só defendeu
lá no Congresso, como continua defendendo a Reforma Trabalhista”, alertou Kátia
Maria. Para ela esta mudança e a geração de emprego e renda não irão acontecer
com os amigos e aliados do presidente Michel Temer.

A situação é tão crítica que, de acordo com a pesquisa do
IBGE, no segundo semestre deste ano 4 milhões e 833 mil pessoas encontram-se
desalentadas, ou seja, desistiram de procurar emprego por que acreditam que não
vão encontrar. Em dezembro de 2017 a taxa de desemprego estava 11,8% e o
segundo trimestre de 2018 fechou 12,4%, ou seja, quase 13 milhões de
trabalhadores desocupados e enfrentando sérias dificuldades, o que interfere na
qualidade de vida das pessoas.

“Nós vamos virar esse jogo movimentando a economia de novo
por meio da geração de trabalho e renda de forma sustentável, fazendo com que
cada município possa se desenvolver de novo”, diz. A proposta da candidata
Kátia Maria é movimentar o comércio, a indústria e o setor de serviços, com
foco no pequeno e médio empresário, comerciante, agricultor, que são os maiores
empregadores. “Viabilizando a retomada da atividade econômica desses setores
conseguiremos gerar trabalho e renda e fazer com que a nossa economia possa
emancipar o nosso povo do ponto de vista econômico e social”, propõe.

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