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sábado, 31 de agosto de 2024
Emergencial

Gêmeas siamesas passam por cirurgia de separação em Goiânia

As irmãs nasceram com 37 semanas de gestação e são unidas pelo tórax e abdômen, compartilhando apenas o fígado. Operação emergencial foi motivada por problema cardíaco de uma das crianças

Postado em 23 de agosto de 2018 por Kamilla Lemes
Gêmeas siamesas passam por cirurgia de separação em Goiânia
As irmãs nasceram com 37 semanas de gestação e são unidas pelo tórax e abdômen

Da Redação

Atualizada as 12:44 para adicionar a informação sobre a cirurgia de separação*

Na manhã desta quinta-feira (23) foi realizada a cirurgia de separação da gêmeas siamesas que nasceram ontem(22) no Hospital Materno Infantil (HMI), em Goiânia. A decisão de fazer o procedimento, de forma emergencial, apenas um dia após o nascimento, foi tomada em virtude de um problema cardíaco que uma das irmãs possui.

Segundo informações do HMI,a operação teria começado às 9h e durado cerca de 3h. Foi necessária uma equipe médica de aproximadamente 15 profissionais. A mãe da meninas, Viviane de Menezes dos Santos, de 30 anos, saiu de Salvador (BA) com o marido para realizar o parto em Goiânia. Ela está internada Clínica de Ginecologia e Obstetrícia do HMI e seu quadro de saúde é considerado bom. 

Em um boletim divulgado nesta manhã, antes da cirurgia, o HMI informou que as meninas permaneciam em estado grave, porém estável. As irmãs nasceram com 37 semanas de gestação e são unidas pelo tórax e abdômen, compartilhando apenas o fígado. Juntas, elas pesam 4.785 quilogramas.

Segundo o hospital, não há previsão de alta tanto para a mãe, quanto para as recém-nascidas.  

Histórico

O HMI é a única unidade hospitalar do Sistema Único de Saúde (SUS) apta a realizar a separação de gêmeos siameses. Já foram registrados 38 casos de siameses. A primeira aconteceu em 2000, das gêmeas Larissa e Lorrayne, que eram unidas pelo abdômen e pela pelve e compartilhavam rins, estômago, bexiga, intestino grosso, uretra, vagina e ânus. Este será o 18º procedimento de separação realizado no HMI. 

A literatura médica mundial indica que, dentre os siameses operados, um em cada cinco sobrevivem à cirurgia. No HMI, esse índice chega a 50%. 

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