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sábado, 31 de agosto de 2024
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Dois votos favoráveis

Terceirização irrestrita deve ser retomada nesta quinta no STF

As duas posições favoráveis até agora são dos ministros Luís Roberto Barroso e Luiz Fux

Postado em 23 de agosto de 2018 por Kamilla Lemes
Terceirização irrestrita deve ser retomada nesta quinta no STF
As duas posições favoráveis até agora são dos ministros Luís Roberto Barroso e Luiz Fux

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve retomar nesta quinta-feira (23), o julgamento sobre terceirização irrestrita, que já conta com dois votos a favor de empresas poderem terceirizar todas as atividades, inclusive as chamadas atividades-fim. Segundo o advogado trabalhista Rafael Lara Martins, trata-se de um momento decisivo, já que deve impactar quase 4 mil processos trabalhistas suspensos aguardando a palavra do STF. 

As duas posições favoráveis até agora são dos ministros Luís Roberto Barroso e Luiz Fux. Rafael Lara Martins concorda com o posicionamento de ambos e destaca que o fato de o Brasil nunca ter uma legislação que regulasse a terceirização, fez com que ela fosse feita de qualquer maneira, sem regras e critérios específicos, mas não inconstitucional. Por isso, acredita que a discussão é pertinente. “O que nós temos hoje é uma legislação que pode ser melhorada, mas sem qualquer inconstitucionalidade”, avalia. 

As ações analisadas no STF contestam decisões da justiça do trabalho contrárias a terceirização de atividade-fim, baseadas na Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Os processos foram apresentados no STF antes das alterações legislativas de 2017, quando foram sancionadas leis (Lei da Terceirização e Reforma Trabalhista) que autorizam a terceirização irrestrita.

“Terceirização e precarização não são sinônimos. Ninguém quer e ninguém defende a precarização das relações de trabalho. Os empregadores que pensarem que a terceirização é uma autorização de precarização ou de pejotização vão ter prejuízos significativos , porque não é isso que a legislação sobre o tema está aprovando”, defende Rafael Lara Martins. 

Para ele, o que se deve fazer agora é consultar profissionais competentes, advogados qualificados para que haja uma terceirização responsável. “É preciso levar em conta os direitos dos trabalhadores, a dignidade da pessoa humana, ao mesmo tempo que obedeça aos ditames legais e constitucionais da empresa e da livre iniciativa. Desta forma, as atividades especializadas serão, de fato,  aperfeiçoadas”, finaliza o advogado. 

Fonte: Com informações do Estadão

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