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sábado, 28 de dezembro de 2024
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Saúde

Anvisa aprova terapia para o tratamento de câncer colorretal

O regorafenibe, já aprovado para outras duas indicações no país, agora possibilitará aos pacientes com câncer colorretal aumentar a expectativa de vida

Postado em 23 de outubro de 2018 por Patrick Wallison
Anvisa aprova terapia para o tratamento de câncer colorretal
O regorafenibe

Foto: Reprodução

Da Redação

O medicamento regorafenibe teve uma nova indicação aprovada pela Anvisa, para o tratamento de pacientes com câncer colorretal (CCR) metastático que foram previamente tratados ou que não foram elegíveis às terapias disponíveis anteriormente. Com redução de 51% no risco de progressão da doença e 23% no risco de morte a novidade chega para suprir uma necessidade não atendida no país, trazendo uma nova perspectiva para os pacientes.

O medicamento, apresentado em forma de comprimido, já é aprovado no país para o tratamento de tumores estromais gastrintestinais (GIST) metastáticos ou não ressecáveis, que tenham progredido ou experimentaram intolerância ao tratamento prévio com imatinibe e sunitinibe e carcinoma hepatocelular (CHC) que tenham sido previamente tratados com sorafenibe. 

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer colorretal, que abrange tumores que acometem o cólon, um segmento do intestino grosso e o reto, teve a estimativa de mais de 36 mil novos casos no Brasil em 2018, sendo o terceiro mais frequente em homens e o segundo em mulheres. “A doença costuma ter início em pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso – por isso, uma maneira de preveni-la seria a detecção e remoção dos pólipos antes de se tornarem malignos”, afirma a Dra. Rachel Riechelmann, Head de Oncologia no A.C.Camargo.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), globalmente, é o terceiro tipo mais comum de câncer, representando cerca de 8,5% de todas as mortes pela doença. Além disso, estima-se que a incidência e mortalidade do CCR aumentem com o tempo, chegando a 2,4 milhões e 1,3 milhões por ano, respectivamente, em 2035, devido ao aumento da expectativa de vida e dos fatores de risco relacionados à dieta e estilo de vida. “Desta forma, é fundamental o desenvolvimento de novas terapias, bem como o fortalecimento dos programas de prevenção e triagem para a doença“, ressalta a oncologista.

Esse tipo de câncer pode atingir pessoas de qualquer sexo e idade, mas é mais comum em pacientes com mais de 50 anos. Além disso, há outros fatores de risco como o histórico familiar de câncer ou pólipos intestinais, consumo de bebida alcóolica, sobrepeso e sedentarismo.

A doença costuma se desenvolver gradativamente e os principais sintomas são alterações nos hábitos intestinais e na consistência das fezes, sangue nas fezes e desconforto abdominal. Porém, eles dependem do tamanho e localização do tumor. “Procedimentos como colonoscopia ou exames não invasivos, como a tomografia computadorizada, fazem parte da avaliação diagnóstica. Entretanto, o diagnóstico só é confirmado por meio da biópsia”, explica.

Os tratamentos comuns incluem cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Mas, quando a doença está espalhada, com metástases para outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas. Aproximadamente 25% dos pacientes já chegam no diagnóstico do CCR em estágio metastático e cerca de 60% desenvolverão metástases durante o curso da doença, independente do tratamento.

“No estágio metastático, os pacientes têm um prognóstico bastante reservado: enquanto as taxas de sobrevida global (SG) em cinco anos no estágio I superam 90%, essa possibilidade cai para menos de 10% para pacientes no estágio IV (metastático), o que configura uma importante necessidade médica até então não atendida”, conta Dra. Rachel.

O tratamento do CCR metastático depende do local e extensão das metástases. Ressecção cirúrgica do tumor e tratamento sistêmico a base de quimioterapia e agentes biológicos são opções viáveis pacientes neste estágio.

De acordo diretora da área médica Dra. Sandra Abrahão, com  o remédio há uma nova alternativa para esses pacientes, que até então não existia. “Essa aprovação traz uma importante opção de tratamento para pacientes com CCR no Brasil, demonstrando ampliar significativamente sua sobrevida global. Portanto, é um marco muito importante para a Bayer e especialmente para a área de Oncologia da companhia, que reafirma seu compromisso e busca cada vez mais oferecer soluções para melhorar a saúde das pessoas”, finaliza Dra. Sandra Abrahão.

 

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