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sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
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De dentro do presídio

Grupo é suspeito de ordenar homicídios,tráfico e roubos em Goiás

Entre as mortes atribuídas à facção está o assassinato, por engano, de um homem dentro de um hospital em Jataí, no sudoeste goiano

Postado em 14 de novembro de 2018 por Katrine Fernandes
Grupo é suspeito de ordenar homicídios
Entre as mortes atribuídas à facção está o assassinato

Katrine Fernandes*

Nesta quarta-feira (14)  dezoito homens foram presos suspeitos de participar de uma facção criminosa responsável por homicídios, tráfico de drogas e roubos em Goiás. Além dessas prisões, foram cumpridos também, 40 mandados de prisão contra pessoas que já estão em presídios, isso, por que a Polícia Civil acredita que os crimes tenham sido todos ordenados de dentro das cadeia do estado. 

Ainda segundo a PC a maioria das mortes foi motivada pela disputa com facções rivais. Porém, em alguns casos, aconteceu o que era chamado “baixa de guerra”, que é quando ocorre a morte de inocentes. Ainda segundo a corporação uma das mortes atribuídas ao grupo seria a do assassinato de um homem que morreu por engano dentro de um hospital em Jataí, no sudoeste goiano. 

“Um dos casos foi o de um homem que foi levar a esposa para dar à luz em um hospital de Jataí e acabou morrendo por engano, porque ele se parecia fisicamente com um membro rival”, explicou o delegado Douglas Pedrosa, titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). 

“É uma facção criminosa extremamente articulada e nessa operação desarticulamos um dos núcleos. Até o momento conseguimos identificar seis homicídios cometidos por eles, mas o caso também vai ser encaminhado à delegacia de homicídios para identificar outros possíveis assassinatos”, disse o delegado João Victor Costa, responsável pelo trabalho.

Crimes ordenados de cadeias

Em Goiás, segundo a investigação, o principal líder do grupo comandava os crimes de dentro da cadeia usando celular. Ele cumpre pena por tráfico de drogas na Penitenciária Odenir Guimarães, em Aparecida de Goiânia. A polícia acredita que o detento usa um nome falso, mesmo já tendo sido condenado, e trabalha agora para conseguir obter o verdadeiro nome.

A Operação Inimigos do Rei, como foi batizada, visa cumprir ainda 66 mandados de prisão em Goiás e mais seis estados. As investigações duraram cinco meses. 

Os presos vão responder por crimes como organização criminosa, tráfico de drogas, homicídios e roubo. Segundo a polícia, os investigados que já estavam presos foram encaminhados para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), onde ficam isolados. 

Katrine Fernandes é integrante do programa de estágio do Jornal O Hoje sob Supervisão de Lucas Cássio.*

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