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segunda-feira, 2 de setembro de 2024
Novo governo

Procurador Guilherme Schelb poderá assumir Ministério da Educação

Jair Bolsonaro confirmou que analisa nome do procurador da República, e descartou instruções sobre sexo e gênero nas escolas

Postado em 23 de novembro de 2018 por Sheyla Sousa
Procurador Guilherme Schelb poderá assumir Ministério da Educação
Jair Bolsonaro confirmou que analisa nome do procurador da República

Presidente eleito, Jair Bolsonaro, reforçou interesse em aprovar projeto de Lei conhecido como ‘Escola sem Partido’

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, confirmou hoje (22) que analisa o nome do procurador da República da 1ª Região Guilherme Schelb para o Ministério da Educação. “Guilherme Schelb é cotado, sim”, destacou. Bolsonaro reiterou que a educação escolar deve ser destinada a ensinar disciplinas e que temas relativos a questões de gênero devem ser abordadas pela família.

“Quem ensina sexo para criança é papai e mamãe”, afirmou o presidente eleito, após reunião no Comando da Marinha. “Escola é lugar de se aprender física, matemática, química e fazer com que no futuro tenhamos um bom empregado, um bom patrão e um bom liberal. Esse é o objetivo da educação.”

Ao mencionar a relevância do Ministério da Educação, Bolsonaro destacou sua preocupação. “É um ministério importantíssimo [o da Educação] porque o futuro do Brasil passa por ali. Situação complicada por ali, porque nas últimas décadas gastou-se mais com educação e a qualidade caiu. Portanto é um ministério que tem de ser muito bem escolhido.”

Bolsonaro confirmou que conversará ainda hoje com Guilherme Schelb, sem entrar em detalhes.

Escola sem Partido

Em discussão, o projeto da Escola sem Partido conta com apoio de correligionários de Bolsonaro, que hoje defendeu a proposta. “Na verdade o nome certo é ‘Escola com Partido’. O que diz o projeto? Se o professor quiser usar o espaço cativo para dizer que o partido A é melhor que o B, o aluno pode fazer o contraponto, dizer que o B é melhor que o A e não sofrer retaliação.”

Questionado se pretende substituir ideologias nas escolas ao apoiar projetos como o Escola sem Partido, Bolsonaro disse que a própria pergunta já era uma resposta porque o questionamento sobre estar substituindo ideologias “é sinal de que existe a esquerda aí”.

“Falo muito alto: ‘o que queremos é a verdade’. Agora verdade não é o outro lado. A verdade é a verdade”, destacou o presidente eleito, que o futuro ministro da Educação tem de ser alinhado à proposta.

Polêmicas

Bolsonaro negou mal-estar entre sua equipe de governo e a bancada evangélica em decorrência da possível indicação do educador Mozar Neves Ramos, que teve o nome cotado para o Ministério da Educação. Mozar Neves Ramos é diretor do Instituto Ayrton Sena. “[Isso] foi para tentar fazer a bancada evangélica contra a minha pessoa”, disse o presidente eleito.

Sobre o boato de indicação de Maitê Proença para o Meio Ambiente, Bolsonaro disse que “nunca” conversou com a atriz.

“Vou colocar pessoas que entendam daquele assunto naquela pasta”, ressaltou Bolsonaro, reiterando que sua escolha é técnica. “Com Educação e Meio Ambiente também.”

O presidente eleito também falou sobre o “centrão”, que reúne políticos de vários partidos. “[O centrão] tem consciência que se o Brasil continuar com a forma toma-lá-dá-cá de fazer política, continuaremos com o Estado ineficiente e corrupto. É o que nós não queremos.”

Bolsonaro reconheceu que pode ter dificuldade nas relações com o Congresso Nacional. “Alguns dizem que não vou ter apoio do Parlamento. Pode ser. Não estamos fazendo a política tradicional.”

Intervenção

O presidente eleito afirmou que conversará com o ministro da Defesa sobre a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, cujo prazo termina em 31 de dezembro, para verificar se deve ser mantida a presença dos militares na região. “A decisão não será minha. Será nossa.”

Bolsonaro disse ainda que a escolha dos novos comandantes respeitou os critérios de hierarquia e antiguidade, como prevê as orientações militares. Segundo ele, no seu governo, as Forças Armadas serão respeitadas. “Não podemos prescindir do conhecimento, do patriotismo e dos prpósitos que os militares têm para com o Brasil.” (Agência Brasil)

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