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quinta-feira, 28 de novembro de 2024
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Presidente eleito, Bolsonaro escolhe aliado de Geraldo Alckmin

Presidente eleito terá Ricardo Salles em sua equipe, para pasta do Meio Ambiente. Ele é amigo do ex-governador de São Paulo

Postado em 10 de dezembro de 2018 por Sheyla Sousa
Presidente eleito
Presidente eleito terá Ricardo Salles em sua equipe

O presidente eleito Jair Bolsonaro definiu ontem o último integrante da Esplanada dos Ministérios, que terá 22 pastas. Em comunicado nas suas redes sociais, Bolsonaro informou que o advogado e administrador Ricardo de Aquino Salles será o ministro do Meio Ambiente. “Comunico a indicação do sr. Ricardo de Aquino Salles para estar à frente do futuro Ministério do Meio Ambiente”, escreveu no Twitter.

Salles é vinculado ao ex-governador de São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin, derrotado nas eleições presidenciais deste ano. Entre 2013 e 2014, foi secretário particular de Alckmin. De 2016 a 2017, Salles foi secretário de Meio Ambiente de São Paulo.

Em 2006 participou da fundação do Movimento Endireita Brasil (MEB), juntamente com quatro amigos. A entidade ficou conhecida por criar o Dia da Liberdade de Impostos em São Paulo, em 2010, evento que ocorre no mês de maio.

O futuro ministro é formado em direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cursou pós-graduação nas universidades de Coimbra e de Lisboa, além de ter especialização em administração de empresas pela Fundação Getulio Vargas. Em 2012, juntamente com o advogado Guilherme Campos Abdalla, pediu o impeachment do ministro Dias Toffoli, atual presidente do Supremo Tribunal Federal, por crime de responsabilidade, no julgamento da ação penal do mensalão.

Cirurgia

Bolsonaro anunciou que a cirurgia para dia 19 de janeiro pode ser remarcada.

“Eu vou quinta-feira (13), em São Paulo, e devo remarcar a [cirurgia para retirada da bolsa de colostomia] que seria 19 de janeiro. Tenho Davos [Fórum Econômico Mundial] dia 21 e pretendo ir para lá. Quero estudar com o hospital uma nova data, porque a minha vida é complicada e eles também têm uma agenda lá bastante extensa. Não pode chegar lá e ser atendido só porque sou presidente. Temos que ter um calendário”, disse na porta do seu condomínio ao voltar para casa depois de ir a uma agência bancária e parar em um quiosque na praia da Barra da Tijuca para tomar água de coco.

Bancada do PSL diverge no Congresso, mas disputa é minimizada 

Para o presidente eleito, as divergências na bancada do PSL no Congresso estão restritas a um grupo pequeno. “Três ou quatro deputados que estão se digladiando. O resto, 90% estão sem problema. Até porque, se não me engano, são 48 deputados novos, que não conhecem Brasília. Tem quatro antigos na Câmara”.

“Política tem novidades a todo instante, tem que apagar fogo mas está indo bem a transição. São vários grupos temáticos que sabem o que fazer. Cada um está tendo independência para buscar meios para que a gente comece bem o ano”, disse.

Ao comentar as oito transferências de valores feitas entre funcionários lotados ou que trabalharam no gabinete do seu filho, senador eleito Flávio Bolsonaro, quando era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), identificadas em relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) anexado à Operação Furna da Onça, disse apenas que ainda não conversou com o assessor Fabricio Queiroz.

Ao ser questionado se via os repasses com naturalidade, reafirmou que o assessor tem que explicar. “Não vejo. Ele tem que explicar. Pode ser, pode não ser”, disse.

José Eliton sanciona lei que prioriza mulheres em programa habitacional 

O governador José Eliton (PSDB) sancionou Lei, de sua iniciativa e aprovada na Assembleia, que dispõe sobre a prioridade a ser conferida às famílias monoparentais femininas em programas habitacionais promovidos pelo Estado de Goiás. Com a nova Lei, a mulher responsável pela unidade familiar ou doméstica terá preferência na seleção, como critério de elegibilidade, nos programas habitacionais promovidos pela Administração Estadual.

Em justificativa à medida, o governador José Eliton (PSDB) cita, por exemplo, o § 4º do artigo 226 da Constituição da República, que consagra como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes, num contexto em que o número de famílias monoparentais femininas é hoje muito maior em relação à masculina, “especialmente pela ideia, tão censurável quanto arraigada, que associa a execução de cuidados com os filhos à figura da mulher”, frisa.

E acrescenta: “Assim, se é certo reconhecer que, neste início de século XXI, as mulheres tornam-se, paulatinamente, chefes de família, com acrescidas responsabilidades pela unidade doméstica, tal circunstância, relativamente aos grupos sociais mais vulneráveis, assume contornos dramáticos, em especial pelo subemprego, pelas oportunidades reduzidas no mercado de trabalho, condições precárias de vida, pelo abandono e pela ausência de acesso a serviços públicos essenciais, de modo tal que evidentes são as piores condições de vida desses arranjos domésticos”.

José Eliton defende a medida, portanto, alegando que as famílias monoparentais femininas ampliam a presença de mulheres na pobreza, e exige, portanto, a atuação do Estado, por meio de políticas públicas de cuidado, para a correção e superação de tal quadro.

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