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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
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Raciais

Unesp expulsa 27 estudantes por fraude no sistema de cotas

Diversas instituições com o sistema de cotas têm enfrentando nos últimos anos denúncias de ingresso de candidatos que não se enquadram nos critérios

Postado em 14 de dezembro de 2018 por Katrine Fernandes
Unesp expulsa 27 estudantes por fraude no sistema de cotas
Diversas instituições com o sistema de cotas têm enfrentando nos últimos anos denúncias de ingresso de candidatos que não se enquadram nos critérios

A Universidade Estadual Paulista (Unesp) expulsou 27 alunos por fraude no sistema de cotas raciais. A decisão foi tomada após abertura de processo de verificação, garantido o direito à ampla defesa dos estudantes. Os expulsos estudavam em diversas faculdades em diferentes cidades.

A Unesp passou a adotar reserva de vagas a partir de 2014. Atualmente, metade das vagas abertas pelo vestibular são disputadas somente por alunos vindos de escola pública. Dentro desse percentual, 35% são destinadas a alunos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas.

A universidade instituiu em julho de 2017 uma comissão para avaliar as declarações raciais feitas durante a inscrição para o vestibular. Pela resolução, não existe um prazo para verificar se as informações prestadas pelo candidato são verdadeiras. O procedimento pode ser instaurado tanto por iniciativa própria da instituição como por denúncias.

Denúncias

Diversas instituições com o sistema de cotas têm enfrentando nos últimos anos denúncias de ingresso de candidatos que não se enquadram nos critérios raciais. Na Universidade Federal Fluminense (UFF), a partir de recomendação do Ministério Público Federal, foi criada uma comissão de conferência das declarações. O grupo rejeitou ao longo do ano passado 14% das matrículas dos 1.274 alunos declarados pretos, pardos ou indígenas, rejeitando 162 postulantes.

Também a partir de recomendação do MPF, a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) criou o Comitê Permanente de Controle para Acesso à Reserva de Cotas. O grupo foi restabelecido depois de denúncias dos estudantes em março de 2016. (Agência Brasil)

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