Da Redação

O governador eleito, Ronaldo Caiado (Democratas) garantiu, durante uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (26/12), que tomará todas as medidas cabíveis para buscar resolver a questão do pagamento dos salários dos servidores públicos referentes ao mês de dezembro. 

“Não tem como pagar algo que não foi empenhado. Temos que, ao chegar ao governo, buscar um sistema para regularização de algo que é um gasto previsto, mas que não foi empenhado pelo atual governo. Veja a situação que vamos viver”, lamentou.

No final de outubro, o atual governador José Eliton (PSDB) assinou um decreto que revogou a obrigação legal do Estado de empenhar e liquidar dentro do respectivo mês de competência despesas com pessoal e encargos sociais, oriundas das folhas de pagamento, bem como com estagiários e respectiva taxa de administração. À época, Caiado tachou a medida de “calote anunciado”. 

A expectativa da equipe de transição do novo governo é que, entre folha de pagamento atrasada, dívidas com prestadores de serviço e contratos, o rombo a ser deixado pelo grupo que domina Goiás há 20 anos é de R$ 3,4 bilhões.  

O governador eleito garantiu que já acionou toda a equipe jurídica do novo governo para encontrar uma alternativa para o pagamento da folha de dezembro e que honrará todos os compromissos referentes a sua gestão e também as dívidas que serão deixadas pelos governos anteriores. 

“Além das dificuldades de não ter o financeiro, o dinheiro em conta para pagar os salários, temos a dificuldade dentro daquilo que a legislação determina”, asseverou, enfatizando o objetivo de buscar uma solução. 

“O salário do funcionalismo público é sagrado. E é nosso compromisso honrar todas as folhas de pagamento. Infelizmente o governo que se encerra não pensa assim e não irá pagar os salários de dezembro”, arrematou.