Delegada afirma que vítima ficou cerca de 3 horas com estuprador
Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), prendeu Rômulo Vieira, de 41 anos, suspeito de estupro de vulnerável
Eduardo Marques*
Em exclusividade ao jornal O Hoje, a delegada Ana Elisa Gomes, titular da Deam, disse que a jovem, que teria sido abusada sexualmente por um motorista de aplicativo de transporte, chegou até a delegacia na tarde desta sexta-feira (11) abatida e relatou a ocorrência.
“Na noite do abuso a vítima estava em uma casa com amigos e consumiu uma quantidade de bebida alcoólica. Por não ter condições de chamar o carro, ela pediu auxílio de uma amiga e a mesma repassou alguns cuidados que o motorista teria de tomar com a menina”, frisou.
Apesar do teor alcoólico no sangue, ela garantiu a delegada que lembrava do estupro, que ocorreu no veículo do motorista. “Sem oferecer qualquer resistência, ele tirou a roupa dela e a dominou por 3 horas”, disse. Após os abusos, o suspeito deixou a mulher nas imediações da casa dela.
No interrogatório, a delegada ressaltou que o motorista usou o direito de permanecer calado. O Poder Judiciário decretou a prisão preventiva dele na madrugada de sábado (12) e o mesmo foi encaminhado para o Centro de Prisão Provisória (CPP), em Aparecida de Goiânia. O carro em que ocorreu o abuso está apreendido e será submetido à perícia.
O Caso
Rômulo Vieira, de 41 anos, foi acionado no dia 11 de janeiro (sexta-feira), por meio do aplicativo, para levar a suposta vítima em casa. A jovem, de 22 anos, estava muito embriagada e teria sido abusada sexualmente pelo homem, sem condições de oferecer resistência.
Segundo a delegada responsável pelo caso, Ana Elisa Gomes, o agressor praticou a violência e deixou a garota na rua, nas proximidades de sua residência, por voltas das 4h30.
A jovem, então, procurou a delegacia na tarde do dia 11, visivelmente transtornada e foi encaminhada para exames periciais. A Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) obteve a qualificação do agressor e durante a noite de sábado (12) representou pela prisão preventiva.
Ana Elisa afirma que o investigado, além de trabalhar como motorista de aplicativo, é coordenador de um órgão de assistência social na Região Metropolitana de Goiânia, uma unidade que trabalha com assistência a pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Em nota, a Secretaria de Assistência Social da Prefeitura de Aparecida de Goiânia informa que desde que ficou sabendo da denúncia e da prisão do suspeito Rômulo Vieira retirou-o imediatamente da coordenação do CRAS Nova Cidade e o exonerou do cargo em comissão que ocupava desde maio de 2017.
A equipe de reportagem do O Hoje entrou em contato com a assessoria de imprensa da empresa responsável pelo aplicativo, mas até ao fechamento da edição não obteve resposta.
*Com informações de Jefferson Santos