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quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
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LUTO

Ex-Frenética Edyr de Castro faleceu na última terça-feira, no Rio de Janeiro

Artista deixou legado como atriz, cantora e bailarina

Postado em 17 de janeiro de 2019 por Sheyla Sousa
Ruth de Souza: “Foi uma pioneira”
Artista

DA REDAÇÃO*

A atriz Edyr de Castro morreu na manhã Da última terça-feira (15), aos 72 anos. Ela sofria de Mal de Alzheimer e estava com pneumonia no Hospital Lourenço Jorge, no Rio de Janeiro. Viveu seus últimos anos de vida no Retiro dos Artistas.

Edyr fez parte do sexteto As Frenéticas, formado ainda por Leiloca, Lidoka, Sandra Pêra, Regina Chaves e Dhu Moraes, que fez muito sucesso nas décadas de 1970 e 1980, época em que as discotecas estavam no auge. Entre os maiores sucessos do grupo destacam-se “Dancin’ Days”, “Caia na Gandaia” e “Perigosa”. De 1985 a 2009, Edyr fez também participações em novelas de TV, entre as quais, “Tenda dos Milagres”, “Roque Santeiro”, “Cabocla” e “Sete Pecado”s e em séries como “Anos Rebeldes” e “Chiquinha Gonzaga”.

Edyr é a segunda integrante do grupo a morrer. Em 2016, Maria Lídia Martuscelli, a Lidoka, morreu aos 66 anos, em decorrência de um melanoma, um tipo grave de câncer de pele. Assim como Edyr, Lidoka também foi velada e cremada no Memorial do Carmo, no Caju.

A amiga de grupo, Leiloca Neves, se manifestou nas redes sociais e postou a mensagem: “Vai na luz, minha querida Edyr”.

Frenéticas

Foiem agosto de 1976, que o compositor e produtor musical Nelson Motta inaugurou num shopping no bairro da Gávea, Rio de Janeiro, a discoteca Frenetic Dancing Days, que se tornou a febre das noites cariocas. Para servir as poucas mesas no espaço ocupado por uma enorme pista de dança, Motta teve a ideia de contratar garçonetes que, vestidas de malhas colantes, com saltos altíssimos e maquiagem carregada, fariam o atendimento, mas com uma inovação: no meio da noite, subiriam de surpresa ao palco, cantariam três ou quatro músicas, antes de voltar a servir. 

Sandra Pêra, que era cunhada de Motta, casado com sua irmã, a atriz Marília Pêra, se interessou pela colocação e trouxe para o grupo as amigas Regina Chaves, Leiloca e Lidoka, que fizeram parte do conjunto DziCroquettes, e a cantora Dhu Moraes. Completou o sexteto, indicada pelo DJ da discoteca, a atriz Edyr de Castro, que tinha participado do elenco do musical Hair. Foi selecionado um repertório de cinco músicas e o grupo ensaiou com o músico Roberto de Carvalho, que então começava a namorar a roqueira Rita Lee.

O sucesso das Frenéticas, como foram chamadas para associá-las ao nome da discoteca, foi tão grande, que milhares de frequentadores entusiasmados exigiam que elas cantassem cada vez mais. Passaram a fazer shows de mais de uma hora e deixaram de ser garçonetes. O público foi capturado por uma combinação inusitada de humor picante, erotismo nas roupas e na letra das músicas, ritmo contagiante e uma performance esfuziante no palco. Com o fechamento da Frenetic Dancing Days, passaram a apresentar-se no Teatro Rival, atraindo um público mais diversificado. As Frenéticas foram as primeiras contratadas da gravadora Warner, que recém se instalava no Brasil. 

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